O garoto de cabelos castanhos estava pronto para ir para o recreio e depois ir para sua última aula. Hoje tinha sido um dia muito cansativo, ele não tinha conseguido ficar calmo durante todo o horário letivo já que tinha descoberto naquela manhã que, por ironia do destino, Donghyuck tinha ficado mal do estômago.
Talvez tenha sido por causa do jantar que ele tentou preparar para o ruivo, sabia que não deveria ter feito a comida, ele e a cozinha não se davam bem e isso nunca ia mudar. Por sua culpa, agora sua florzinha — como sua mãe costumava dizer — estava sofrendo no banheiro, ele sabia, Donghyuck fazia questão de enviar mensagens e algumas fotos dele sofrendo.
Com o telefone na mão, ele caminhava enquanto lia as mensagens que seu namorado estava mandando, rindo um pouco porque ele estava contando quais eram os componentes do shampoo.
"Tá falando que contém extratos de chocolate, mas não tem gosto de chocolate."
"Eu provei"
Mark negou pelo quão ingênuo ele poderia ser. Segurou seus livros em um dos braços para que pudesse responder ao outro.
"Não coma o shampoo, pode te fazer mal"
"Eu tô no recreio, te ligo daqui a pouco."
Mark colocou o telefone no bolso da calça e foi até o armário, colocou a combinação e deixou os livros lá dentro. Ele olhou para o lado, para a foto que ficava colada na porta. Às vezes se divertia ao vê-la.
Donghyuck havia lhe dado aquela foto sua, quer dizer, talvez não fosse apenas uma foto, ele tinha imprimido umas vinte fotos idênticas e espalhado em lugares diferentes: dentro da capinha do celular, no armário, no quarto, no quarto dos pais e até na geladeira. Donghyuck estava em toda parte.
Não era a melhor foto do universo, ele a tirou quando era mais jovem, com cabelos castanhos e alguns cachos, e seria adorável se não fosse pelo dedo médio levantado em ambas as mãos, os óculos escuros que ficavam claramente grandes nele e o boné de aba reta.
Mesmo assim, Mark a adorava.
Desceu a mão direita para pegar o telefone outra vez, fechou o armário e procurou em seus contatos o número do namorado. Ele discou e esperou que o outro atendesse.
— Pizzaria da pequena flor, em que posso te ajudar? — Donghyuck atendeu com uma voz séria, Mark revirou os olhos e continuou caminhando pelo corredor em direção ao refeitório para que pudesse comprar algo de comer.
— Bom dia, gostaria de pedir uma pizza — Mark respondeu brincando — Você tem alguma oferta?
— Deixe-me verificar... — Fez uma pausa antes de continuar — Não, mas posso te dar descontos.
— Que tipo de descontos? — Perguntou, sorrindo, levando o celular ao outro ouvido.
— Há um desconto de cinquenta por cento para nossos clientes preferenciais, se você quiser optar pela assinatura, você pode comprá-la através do nosso novo aplicativo — Mark riu impressionado com a habilidade que Donghyuck tinha de inventar coisas assim — A entrega é gratuita, lindo.
— Como sabe que sou bonito ou não? — Questionou — Posso ser um velho de quarenta anos, gordo, obeso e careca.
— Você tem voz de puberdade, é por isso que você não pode ser minha namorada Markeyla, Mork — Disse repreendendo-o.
— Disse o que tem a voz mais grossa do mundo — Ironizou, entrando no refeitório enquanto procurava dinheiro no bolso.
— Você gosta da minha linda voz, não negue — Acusou.
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Mom, I'm gay too『Tradução pt/br』 | Markhyuck
FanficOs pais de Donghyuck mostram seu desprezo por Mark, o garoto que vive na casa ao lado, por ser homossexual. Mas não sabem que seu próprio filho é o namorado de Mark. ⚠️Essa fanfic não é de minha autoria, é apenas uma tradução autorizada pela autora...