🧸; tripping with him - mɑfuyɑmɑ ɑu !¡

🧸; 9.1 | Uenoyama's pov.

O filme estava impecável, era sobre uma sociedade que foi obrigada a viver no espaço após uma guerra nuclear que ocorreu na Terra, e mais ou menos 200 anos depois dessa guerra eles decidem mandar os prisioneiros para o planeta, para ver se ele ainda é habitável, o ar respirável etc, um trabalho incrível. Tinha muita cena de guerra e sangue, uma coisa que eu gosto e que pelo visto o Mafuyu também, por ele não tirava o olho da tela por 1 segundo.
Acontece que em algumas partes do filme continham cenas românticas, e nessas horas o Haruki e o Kaji aproveitavam pra dar uns beijo, o que realmente me deixava desconfortável. Acho que lá pela terceira ou quarta vez o Mafuyu deve ter percebido, pois ele me olhou com aquela carinha que me obrigava a olhar pro lado. Quando olhei pra ele, só vi a boca dele sussurando:
– Não precisa ficar desconfortável, você me tem aqui.

Depois de falar ele me deu alguns selinhos, algo discreto. Depois que nos separamos, eu senti meu rosto ficando quente e acho que o Mafuyu também percebeu, pois ele deu um pequeno sorriso e voltou seu olhar para a tela. O filme foi lindo, um dos melhores que eu já vi, até chorei um pouco no final. Como ninguém havia jantado ainda, resolvemos ir em um lugar onde eles tem uma grelha no meio da mesa e você mesmo faz o ponto da sua carne, muito bom.

Ficamos conversando até tarde sobre a faculdade, sobre as streamings que eu fazia, o trabalho do Akihiko como cantor e baterista, e o Mafuyu até contou que ele e o Ugetsu (o tal do Tsu) se conheceram no jardim de infância e estão com essa amizade até hoje, e se tratam como irmãos de sangue. Lá pela meia noite e meia, quando o Kaji quase não parava em pé de tanto beber, o Haruki resolveu levar ele pra casa, e fiz o mesmo com o Mafuyu.
– Mafuyu, você pode vir mais vezes fazer coisas com a gente, vai ser uma ótima companhia pra nós. – o Haruki disse, com aquele sorriso simpático e um rostinho de anjo.
– Ah, ok! Pode deixar que venho sim, é só me convidar!
– Convidamos sim! Vou levar o Kaji pra casa antes que ele desmaie aqui no meio, tchau!!
– Tchau! – Eu e Mafuyu falamos em sincronia, acenando para o Haruki e para o Kaji.

Ao ir para a casa do Mafuyu, não ficou um clima estranho, como eu imaginava que seria. Eu deixei ele escolher a música, a qual ele ficou cantando o caminho inteiro. As vezes eu cantava junto ou só olhava pra ele e sorria, a cena dele cantando no maior alto astral era linda.
— Bom, acho que chegamos - digo, olhando pela janela do banco do carona.
– Chegamos sim. Obrigada pela carona Ueno! - Ele fala me dando um abraço. ‐ Vamos combinar de sair mais vezes, eu gostei dos seus amigos!
– Vamos sim, vou passar sua mensagem pra eles.
– Obrigado então, beijos! - Ele fala, saindo do carro como se estivesse com pressa.
– Beijos.