Nem te olhei, e me apaixonei.

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Eu achava que me conhecia o suficiente, que já era completa, plena e tinha tudo que precisava. Até eu ser obrigada a conviver comigo mesma o tempo inteiro. E foi aí que descobri que tinha muito ainda pra me conhecer.

E as vezes, a gente de precisa de alguém para nos apresentar algo que sempre esteve aqui, que sempre existiu, mas a gente nunca reparou, porque tava ocupado demais vivendo no automático e esqueceu de olhar para dentro e se permitir sentir o que tivesse que sentir.

Enxerguei em mim coisas que eu jamais enxergaria em outras situações, conheci mais meu melhor lado, e pude perceber que o pior e o mais obscuro de mim é muito maior do que eu imaginava, é um buraco muito mais fundo. São medos e inseguranças de coisas bobas e pequenas aos olhos alheios.

Mas tem um lado, que é o lado que eu precisei de alguém pra enxergar, que é o lado que sempre esteve aqui, mas eu não me permitia ou não entendia o que era. E entendi da maneira mais linda que poderia ser.

Da mesma forma que nunca enxerguei esse lado, eu também não enxerguei a pessoa por quem me apaixonei, literalmente.

Eu me apaixonei sem olhar para ti, sem ouvir o som da tua voz, sem sentir seu toque. Viciei em teu beijo sem encostar meus lábios nos teus. Guardo a certeza que seu abraço é o melhor sem nunca ter sentido o calor do seu corpo e o encostar dos nossos corações, mas imagino que o seu, ao ler isso, esteja batendo tão forte quanto o meu, ao escrever.

Eu te observei atentamente, em cada detalhe possível a mim. E me encantei por todos eles. As vezes esse sentimento transborda tanto que eu não aguento sustenta-lo aqui dentro, e de uma forma ou de outra, é colocado pra fora. É disso que tenho medo. Não quero te assustar com a minha intensidade. 

Você me causa as melhores sensações do mundo. Agora eu tô chorando e com borboletas no estômago, enquanto escrevo isso aqui. Um choro bom, de quando estamos falando de quem a gente ama.

E eu te amo! Te amo muito além de qualquer relacionamento amoroso. A gente pode brigar e nunca mais se falar, a gente pode apenas seguir caminhos diferentes, conhecer outras pessoas, outros amores... A gente pode se desencontrar, e se encontrar daqui 20 anos e conhecer a família que cada uma construiu. A gente pode se perder da nossa sintonia, a gente pode se amar agora e amanhã fingir que nada aconteceu. Ou a gente pode simplesmente continuar do jeito que tá... Ainda assim, eu vou te amar até meu último suspiro de vida. E eu gosto de me sentir assim com você!

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