Adoraria continuar a minha historia de romance mas o anjo, digo, Taehyun parou ao meu lado e me cutucou o que me ocasionou em um mini ataque cardíaco, mas passo bem.— Quanto tempo — Foi a primeira coisa que ele me disse depois de tanto tempo.
— Sim, bastante tempo. — Eu falei meio distraído, já que eu só focava na beleza dele. Veja bem, não é como se eu estivesse apaixonado ainda, mas eu não era burro de não admirar uma pessoa linda como ele.
Quando ele abriu aquele sorriso foi a hora que eu despertei, olhei para trás de si e percebi que ele havia arrastado sua cadeira até estar ao meu lado.
— Você mudou bastante, como tem passado? — Odiava aquele tipo de conversa, parecia tão automática, era uma daquelas que você manda para alguém apenas por educação e acaba nunca saindo um assunto.
— Você também, está mais bonito. — maldita língua solta! Limpei a garganta e fingi que não tinha falado aquilo. — Ah, eu estou bem até e você, por onde tem andado? — Perguntei como quem não quer nada, mas eu queria saber muito, já que ele tinha ido embora naquela época sem mais nem menos.
— Ah, eu fui… — Fomos interrompido por nosso chefe que deu um pequeno grunhido que saiu até mesmo engasgado e estava olhando para gente. Taehyun arrastou sua cadeira de volta a sua posição inicial.
O resto do dia se passou tranquilo, para minha sorte, sai do trabalho no começo da noite e Taehyun me acompanhou até a entrada da empresa onde nos despedimos e seguimos cada um para seu lado.
Eu tinha planos para passar o resto da minha noite fazendo o mais pleno nada, mas desisti e corri para a casa de Beomgyu para contar a novidade.Depois de todos esses anos ainda somos amigos, não sei como, já que ele está sempre encontrando um jeito novo para me importunar, mas fazer o quê.
— Você não sabe o que aconteceu! — Falei assim que ele abriu a porta do apartamento e eu entrei antes mesmo de ser convidado.
— Não sou vidente — Mesmo eu estando de costas eu sabia que ele tinha revirado os olhos. — Desembucha.
Me sentei no sofá sendo acompanhado por ele e comecei a falar sem rodeios — odeio quem enrola para falar as coisas, meu espírito maria fifi chora.
— Não acredito! — Já era a quinta vez que ele falava isso desde que eu comecei a história. — Ele apareceu, assim, do nada!?
Apenas assenti, Beomgyu tinha ficado igualmente triste quando soube que Taehyun tinha ido embora, já que não havia motivo aparente para isso. Quando ele se foi, voltamos a ser apenas HueningKai e Beomgyu, não que fosse ruim, mas o loiro fazia falta.
Passei o resto da noite na casa de Beomgyu conversando sobre o passado e depois de um tempo começamos a ver algum filme aleatório enquanto enchiamos a barriga de besteiras.
Quando pousei minha cabeça no travesseiro tudo veio na minha mente com um peso enorme, o que aconteceu no dia e a três anos atrás também.
Após nosso encontro — encontro entre aspas — nós entramos em uma espécie de namoro, ninguém tinha falado nada sobre o assunto, mas as vezes dávamos uns amassos atrás da escola ou uns beijinhos em breves encontros ao longo do dia. Andávamos de mãos dadas sempre que podia, o resto da escola também achavam que namoravamos.
Foi assim pelo resto do ano, não tocavamos no assunto, mas eu estava feliz assim, ele também. Beomgyu as vezes me falava para pedir ele logo em namoro, mas eu não queria e nem sabia por que. Continuar daquele jeito era bom.
Até que em um dia — não lembro qual — Taehyun não foi a escola. Mandei uma mensagem para ele perguntando se ele estava bem, mas nunca foi respondida. Beomgyu fez o mesmo e também não recebeu uma resposta. No dia seguinte fomos a sua casa mas ninguém atendeu, começamos a ficar preocupado e nossa última esperança era a escola, entramos na sala do diretor na maior sem educação exigindo saber de Taehyun. Ok, não exigindo e sim implorando quase chorando, já que o velho não queria nos falar nada.
Depois de insistimos muito, derramar umas lágrimas e até mesmo nos ajoelhar ele falou. Taehyun tinha ido embora, não disse para onde mas disse que para longe.
Eu e meu amigo ficamos sem saber o que fazer, o loiro não tinha se despedido da gente, nem uma mensagenzinha.
Fiquei bem triste nos primeiros meses, mas percebi que não podia largar minha vida por causa de uma paixão passageira, então tratei de levantar minha bunda da cama e ir cuidar da minha vida.
E daí que ele foi embora sem dizer tchau e eu fiquei triste? Que não volte também. Depois de eu falar isso eu chorei a noite toda.
E agora, três anos depois ele aparece do mais completo nada e me deixa atordoado e fazendo com que os sentimentos guardados dentro de mim pulem para fora.
Vê-lo novamente assim me trouxe uma sensação nostálgica e até mesmo estranha, não sabia como explicar. Eu tinha vontade de abraça-lo e ao mesmo socar ele por ter ido embora sem falar com ninguém. Queria beijar aquela boca que parece que ficou mais bonita com o tempo, queria chorar que nem um bebê, de alívio ou de raiva.
Naquela noite eu não dormi quase nada, no máximo umas duas horas. Por isso cheguei com certo mau humor e com olheiras enormes debaixo dos olhos, mas parece que todo o cansaço se foi quando eu vi ele, sentado em sua mesa com aquele terninho que o deixava tão adorável.
Assim que ele me viu, sorriu grande e se levantou caminhando até parar na minha frente.
— Bom dia. — Ele falou primeiro.
— Bom dia.
— Vamos sair hoje? — Senti aquela nostalgia batendo novamente, ele falava a mesma coisa naquela época.
— O quê? — Tinha dormido tão pouco que sentia meu cérebro se esforçando ao máximo para funcionar.
— Ah, queria sair com você, senti sua falta. — Meu coração acelerou, tomara que seja infarto.
— Mn, sim, pode ser. — Tentei responder indiferente mas por dentro eu tava todo nervoso.
Hoje era sexta-feira, o chefe nos liberava duas horas antes como uma forma de agrado, mas sabíamos que era apenas para não acharmos que ele aceitava suborno dos outros, pelo menos eu tinha mais tempo para Taehyun.
Não revisei de novo, um dia faço isso.
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the one • tyunning
RomanceApós três anos, HueningKai reencontra seu amor de ensino médio. baseado na música the one da Taylor Swift e no filme (mais ou menos) 500 dias com ela.