Capítulo 16-Irmã De Sangue....

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Amanheceu.

       ——Um Dia Depois ——
                  *San Angeles*

Era uma manhã muito tensa e fria. Eu corria pelos corredores de long living souls, quando cruzara com um monte de enfermeiros levando um paciente para onde os corpos sem vida ficavam.

-De quem é esse corpo, por favor, parem. Interrompi a passagem deles. Com ajuda de um jovem enfermeiro. Fiquei sabendo que se tratava da Kathy. Disseram que ela estava morta por falta de sangue. Pois os seus pais não eram seus de verdade.

O meu mundo parou de imediato. Ainda impedindo a passagem deles. Cai de joelhos sem mais forças. A aflição daquele momento, me deixou tão perdido. Com lágrimas e gritos de arrependimentos. A culpa de nunca ter a dado ouvidos. Vinha destruindo todo o meu ser. Os homens imploravam para passar, e eu os impediam com fúria nas minhas palavras.

-Como você deixou isso acontecer?
-Questionei Dr Torricelli ao vê-lo parado diante de mim. O seu olhar era frio e indiferente. O peguei pelas golas e assim comecei a dar leves tapas nele.

-Não foi culpa minha, eu tentei a salvar, mas ela não resistiu. Ela perdeu muito sangue. Deixa os meus homens leva-la por favor.

Dr Torricelli pediu em lamentação pelo o acontecido. Mas algo nos seus olhos me dava a impressão de que havia alguma coisa de estranho entre a morte de Kathy e o seu olhar.

-Eu preciso vê-la pela última vez, por favor doutor, não me negue esse direito. Ela era minha amiga, uma irmã que nunca tive. Por favor. Implorei com um olhar profundo. E enquanto ele se perdia em mim. A minha mente se lembrara de algo que durante o primeiro estágio. Um tutor nosso nos ensinou. Que era uma das primeiras coisas que mostravam a chance de um paciente estar vivo ou morto.

-Um pequeno aperto no pulso do paciente pode provar a sua vida ou morte.
-Aquele homem que já lutava pela sua idade, disse para eu, o Jasper, e a Kathy durante o estágio.

No meu flashback, a Kathy sorria para mim alegremente, e o seu olhar era de uma jovem com muitos anos de vida pela frente. Para simplesmente aquela ilusão terminar em uma desgraça. A sua morte não me era real, pelo menos para mim.

Foi uma das coisas que me fizeram tirar a arma do meu bolso, e apontar em todos ao redor. Com uma ameaça de morte para quem se atrevesse a se aproximar do corpo de Kathy.

-Se afastem todos vocês.

-Larga isso Seth, você só está confuso. Dr Torricelli tentou me impedir.

-Isso é agora, saiam daqui! 
Gritei elevando meu tom de voz.  
-Ela não está morta, ela não pode estar morta.

                         ****

No tribunal, o juiz Marcello de Alvarez acabava de sentenciar o Marion, uma prisão perpétua, e o policial corrupto, trinta anos de prisão, junto de Derek e Tommy. Marion se encontrava com muita ira nos olhos em uma prisão de máxima segurança.

Derek, Tommy juntos de um outro presidiário, dividiam a mesma sela. Tommy estava tão assustado e arrependido. Derek, nem tanto, mas ele surtava só com a ideia de passar todos aqueles anos atrás das grades.

Os dois se encontravam sentados de costas pro parede, por causa de um do outro prisioneiro. Eram impedidos de deitarem em suas devidas camas. Mesmo com duas sobrando. Eles não tinham o direito de deitar nelas. 

-Estamos felizes?
-Tommy perguntou desapontado.

-O que adianta responder as perguntas agora?
-O outro indagou observando o nada.

SEM LÁGRIMAS PARA CHORAR (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora