Capítulo 11 - Um Coração Aflito

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Mason alcançou a sala de estar sorrateiramente, na ponta dos seus pés. Evitava o barulho a qualquer custo. Suas intenções maldosas o consumiam cada segundo que passava. E a sombria obsessão pelo o amor do Guillermo, só deixava as coisas ainda mais complicadas.

— Você não vai tirar ele de mim, não vai, de jeito nenhum... — Mason disse inegavelmente.

O mesmo já se encontrava de joelhos, bem na minha frente. Eu ainda dormia profundamente. Ele direcionou a faca para a direção do meu coração. Quando de repentino, abri os olhos assustado, como se tivesse tido um pesadelo. Rapidamente, Mason escondeu a faca. Ele inventou uma desculpa por estar naquela posição.

Vim a olha-lo com uma estranheza nos olhos, difícil de ser mantida em segredo. Eu tentava compreender a razão pela qual aquele rosto desconhecido e nunca visto antes, estava me olhando com tanta atenção, exageradamente. Me levantei e me ajeitei no sofá novamente. 

Mas ele continuou naquela posição.

— Me desculpa pela inconveniência, mas os meus olhos não conseguiram evitar de admirar essa beleza sem igual que se instala nesse rostinho de anjo. Sou o Mason, você deve ser o Seth, certo? — Ele disse poeticamente.

Sorri alegremente e agradeci pelo elogio dizendo:

— Ah, muito obrigado pelo elogio, prazer Mason, eu sou o Seth, sim! — Estendi minha mão pro Mason. Que me olhando fixamente, disse:

— De nada, o prazer foi todo meu, Seth! — Mason disse sorrindo disfarçadamente. E também se sentou, bem ao meu lado.

— Desculpa, acabei pegando no sono! — Disse.

— Calma cunhado, tá tudo bem! — Mason disse. 

Me senti um pouco constrangido com o termo "Cunhado". Sorri timidamente em resposta do meu constrangimento. Apesar de já sabendo que iria ser assim.

— Tá tudo bem assim? — Mason perguntou.

— Assim, como? — Perguntei desentendido.

— Cunhado! — Mason exclamou calmo.

— Ah, sim, tá tudo bem, sim! — Embora que tivesse dito sim, eu ainda me sentia inseguro com a presença daquele homem. Fazia de tudo para fingir estar de boa com ele. Eu tinha um pressentimento de que ele escondia alguma coisa sobre ele, algo tão desagradável e sombrio.

" — Ah, sim, tá tudo bem, sim. Sua bicha estúpida. Eu vou te esmagar com minhas próprias mãos até a morte. — "

Mason disse mentalmente.

— Então, em vez de um amador de música, você também é um poeta? — De repente perguntei.

E enquanto ele tentava achar algo para servir de resposta. Eu tentava achar uma outra pergunta, só para não deixar o clima mais tenso que já estava.

— É, quase isso, eu amo a música e a poesia. Acho elas duas coisas que me divertem tanto, me roubam o tempo da melhor forma, me tiram do chão e me fazem flutuar pelo o céu inteiro, através das asas da imaginação. — Mesmo sendo estranho para mim. Senti que ele tinha dito algo verdadeiro. Apesar de eu ter a impressão de que ele tentava manter uma postura dominadora e seu orgulho sob toda aquela conversa.

— Nossa, você é o máximo, um verdadeiro poeta mesmo. — Posso te abraçar? — Me empolguei tanto que quis dar-lhe um abraço.

— Valeu aí cunhadinho. Um abraço? — Ele agradeceu. Logo se questionou. Julguei que eu tivesse sido incoveniente. — Claro. Seria tão maneiro! —Então, ele concordou sorrindo. Com ar de sinceridade.

SEM LÁGRIMAS PARA CHORAR (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora