Capítulo 16 - Lucca

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Estou terminando de fazer o nó na minha gravata quando ouço o som estridente da campainha, termino rapidamente de me arrumar e vou abrir a porta antes que quebrem, gente sem paciência. Abro a porta já de mau humor e dou de cara com as pessoas que eu menos queria ver.

- Até que enfim - Diz já me empurrando para o lado para entrar.

- Bom dia!

- Bom dia meu guri! - Minha mãe me diz, já que meu pai já entrou sem me responder.

Dou um abraço nela, e cumprimento os pais da Gaby que estão logo atrás e os convido para entrar. Na sala a Gaby já abraça a todos animada.

- Longe de mim reclamar, mas o que fazem aqui? - Pergunto azedo, minha mãe me lança um olhar cúmplice de quem diz que não pode evitar.

- Estou tão feliz que se reconciliaram - A mãe da Gaby, Lúcia diz e eu lanço um olhar confuso para Gaby.

- Viemos comemorar a chegada do nosso neto! - Assim que meu pai fala começa a me ferver o sangue e lanço um olhar mortal para Gaby que faz cara de inocente.

- Amor só estão felizes por nós não fica assim - Gaby diz e me abraça, eu fico estático na hora.

- Vamos arrumar um café da manhã que estamos todos com fome. - Minha mãe toma a frente.

- Tenho que ir trabalhar!

- Lucca fique com a gente hoje! - Meu pai pede.

Dou as costas e puxo Gaby comigo, quando chegamos na porta olho para ela indignado.

- O que significa isso?

- Não sei, falei ontem para minha mãe que estou grávida.

- E falou quem é o pai?

- Lucca, como vou dizer para eles isso? Meu pai vai me matar.

- Eu não sei Gabriela, a bagunça é sua!

- Lucca pelos velhos tempos!

- Gabriela, eu quero seguir a minha vida, arrume sua bagunça.

Falo, viro as costas e vou trabalhar. Não acredito em mais essa bagunça, quando vou conseguir me ver livre disso tudo? No domingo estava tão feliz e louco para encontrar novamente a Alya, mas Gaby apareceu na minha casa desesperada, me contou que está grávida e não consegue mais contato com o rapaz que ela estava saindo. Pelos meses de gestação ela engravidou quando ainda estávamos casados, só espero que ela não ache que irei assumir um filho que não é meu só porque ela tem medo de enfrentar seu pai.

Ontem ela teve dores fortes e tive que levá-la para o hospital, ela não pode se incomodar agora, então não sei o que eu vou fazer para sair desse rolo. Fiquei na esperança de encontrar com minha Anjinha mas não tive essa sorte, até mandei uma mensagem para ver se ela estava no hospital mas ela não viu, deveria estar ocupada.

***

O dia demorou uma eternidade para passar, almocei no escritório mesmo, e ignorei as diversas ligações de Gaby. Respiro fundo e entro em casa.

- Até que enfim! - George, pai de Gaby fala

- Não pode almoçar com a gente? É assim que você trata sua visita? - Meu pai fala rude e eu respiro fundo para não responder.

- Boa noite. - Falo e passo indo direto para meu quarto.

Tomo um banho me arrumo e desço, para jantar que Deus me dê paciência para aturar isso tudo. Jantamos com dona Lúcia, minha mãe e Gaby falando sobre o nenem e o enxoval dele. Depois do jantar fomos à sala conversar. Tive que aguentar meu pai e George se gabando, fazendo planos e comemorando a chegada do neto, me aguentei para não falar para meu pai que pelo menos por agora ele não será avô. Por diversas vezes olhei para a Gaby esperando ela se pronunciar mas ela fingia que não estava vendo.

ALYA - Meu Maldito Perfeito CupCakeOnde histórias criam vida. Descubra agora