Romance Com O Policial | Tainactor

conflito

Maratona 3/5

Bip...bip...bip...bip...

O que está acontecendo?

Abro os olhos mas não consigo ver nada. Minha cabeça está doendo muito, assim como o meu corpo. Sinto uma mão segurar a minha.

Olho para o lado e aos poucos começo a enxergar o rosto da Júlia.

- Você está bem? - Ela me pergunta com uma expressão preocupada.

- Não, estou com muita dor.

- Vou chamar o médico.

Ela me deixa no quarto sozinha.

Aos poucos minha mente volta para o lugar e eu começo a me lembrar do que aconteceu. O Victor como está? Não o vi sair do carro antes dele explodir. Meu Deus, e se ele não conseguiu?

Será que meus bebês estão bem? Lembro de sentir algo quente entre minhas pernas, provavelmente sangue.

O médico entra e começa a me examinar.

- Como está se sentindo?

- Mal. Minha cabeça dói e meu corpo também.

- É normal, vou mandar uma enfermeira trazer alguns remédios para dor, mas no geral você está bem.

- E os bebês?

- Bem... Você chegou aqui perdendo bastante sangue, quase sofreu um aborto, mas nós conseguimos controlar a situação, no entanto, você precisará ficar em observação por um tempo, sua gravidez agora é bastante delicada.

- Então não vou poder voltar para casa?

- Não, terá que ficar aqui para que possamos ver de perto o que vai acontecer.

- Tudo bem. E o Victor como ele está?

A expressão deles se fecham e a Júlia abaixa a cabeça.

- Ele não está bem. Por pouco ele conseguiu sair de dentro do carro, mas no momento da explosão ele ainda estava muito próximo, sendo assim ele sofreu algumas queimaduras e inalou muita fumaça, no caminho para o hospital sofreu uma parada cardiorrespiratória.

- Tá me dizendo que ele morreu? - Começo a chorar descontroladamente.

- Por favor se acalme, a Senhora não pode ficar nervosa.

- Onde ele está? Eu quero vê-lo. Não acredito que ele morreu.

- Tenha calma, pense em seus filhos que dependem de você. Seu marido não morreu, mas está em coma.

- Mas ele vai acordar?

- Sinceramente não sabemos, algumas pessoas acordam em poucos dias e outras simplesmente não acordam.

- Eu posso vê-lo?

- Ainda não, tome uma água e se acalme. Depois passo aqui para ver como a senhora está e a levo pessoalmente até ele. Pode ser?

- Não, eu preciso ver ele agora.

- Infelizmente não vai ser possível, temos que evitar que a senhora se estresse ou tenha fortes emoções.

- Está bem. Eu espero.

O médico sai e eu me desmancho em lágrimas.

- Meu amor, por favor não fique assim, se acalma por favor. - Júlia fala enquanto me dá um abraço e acaricia meus cabelos.

- Não acredito que isso está acontecendo.

- Eu sei, eu sei que é difícil mas por favor fica calma, pense nos bebês.