Romance Com O Policial | Tainactor

resgate

Victor on

Assim que chegaram os reforços nós nos preparamos e traçamos um plano de ataque.

Nós iremos nos separar em grupos e atacar alguns seguranças que estão na mata. Um sniper vai atirar nos homens que estão na porta e assim entraremos, meu grupo vai pela porta da frente e outro pela porta de trás.

Sabemos que com esse temporal tudo será mais difícil, mas precisamos tentar.

Colocamos nossos coletes a prova de balas e carregamos as armas. Quando todos estão em posição começamos a por o plano em prática.

Tainá on

O mundo lá fora parece que vai desabar, os raios e trovões são gigantes. Se eu não estivesse nessa situação com certeza estaria com medo dessa chuva.

Minha pele está praticamente adormecida por causa do frio, já não consigo mais controlar os tremores.

Minhas mãos estão roxas e meus braços doem. Estou pendurada a horas. Sinto que meus braços vão se quebrar a qualquer momento.

Do nada começo a ouvir tiros e uma movimentação estranha dentro da casa. Será que vieram me resgatar?

Respondendo minha pergunta, Bianca entra no quarto com uma arma e aponta para minha cabeça.

- Solta ela. - Ela da a ordem pra um capanga.

- O que... está... acontecendo? - Reúno todas as minhas forças para fazer essa pergunta.

- Seu maridinho veio atrás de você. Mas não se preocupe, meus homens vão matar ele de forma rápida.

Não sei se rio ou se choro. Fico feliz por terem descoberto onde estou e vindo aqui me resgatar, mas também fico muito preocupada com o risco que eles estão correndo.

O capanga solta as correntes que me prendem e meu corpo vai diretamente de encontro ao chão. Acho que machuquei a perna.

- Vamos, levante, não tenho a noite toda. - Seu capanga me levanta pelos cabelos e eu sinto uma arma encostar em minhas costas. - É bom você me obedecer. - Bianca pressiona a arma contra minha pele e eu entendo que ela quer que eu ande.

Vou andando manca por um corredor até chegar a uma escada que eu não faço idéia para onde vai nos levar. O barulho de tiros é ensurdecedor.

Sinto uma mão segurar meu braço e me levar escada acima, eu poderia tentar me soltar mas estou fraca demais para isso.

No fim da escada ela abre uma porta e eu percebo que estamos no teto da casa, ela me empurra e aponta a arma para mim.

- Você achou que iria tirar a vida do homem que eu amo e eu iria deixar barato? - Ela fala descontrolada.

A chuva é forte assim como os ventos. Sinto que vou morrer, se não for pelas mãos dessa mulher será por hipotermia.

- Não foi minha intenção. Eu jamais tiraria a vida de alguém, mas ele foi até minha casa e tentou me matar, meu namorado apenas me salvou.

- Mentira! - Ela grita - Você é uma grande mentirosa. Agora me faz um favor. Caminha até a borda do telhado.

- Bianca, você não precisa fazer isso.

- VAI!

Atrás dela a porta que dá acesso ao telhado se abre.

Vejo a figura do Victor aparecer, mas as coisas já estão ficando confusas em minha cabeça.

Bianca se posiciona atrás de mim e aponta a arma para a minha cabeça enquanto segura meu pescoço.

- Pra trás, fica longe ou ela morre. - Ouço uma voz feminina dizer isso.