maus tratos

552 28 11
                                    

Durante todas essas horas que pareceram mais uma eternidade, a única coisa que eu tinha para fazer era observar o quarto, ouvir passos e conversas entre os seguranças brutamontes.

O quarto é todo de madeira, bastante velho e decadente, acho que com um chute essas paredes cairiam, pena que estou presa.

Por falar nisso, meus pés estão doendo e minhas mãos também, sem falar no meu estômago que está doendo de tanta fome.

Consigo ouvir os trovões e raios lá fora, o frio é muito forte e eu só estou usando um vestido.

A porta abre e a Bianca psicopata entra acompanhada por um segurança brutamonte.

- Gostando da sua estadia? - Ela fala com deboche.

- Vai se ferrar sua vadia. - Falo ríspida.

- Vamos ver até onde vai essa valentia. John, tira a roupa dela.

O armário em forma de gente se aproxima de mim com uma tesoura. Meu corpo fica paralisado de medo.

Ele corta o meu vestido me deixando apenas de lingerie. O frio me atinge cada vez mais, sem dó nem piedade.

- Pendura ela e depois pode fazer o que você quiser. - A cobra da Bianca fala e sai do quarto.

O tal de John começa a puxar as correntes que prendem as minhas mãos, sinto meus pés deixarem o chão aos poucos.

Quando estou completamente pendurada pelas mãos ele corta as cordas que estão no meu pé.

Eu choro de desespero. Ficar ali pendurada, com dor, fome, sede e frio não é nada agradável.

- Você quer água? - Ele me pergunta enquanto me mostra uma garrafa de água mineral.

- Sim, sim, por favor.

Ele tira a tampa da garrafa e joga a água em meu rosto. Filho da puta, não consegui engolir nem uma gota de água.

- Calma gatinha, já já isso passa. - Ele se aproxima de mim e começa a passar as mãos pelo meu corpo.

Sinto um nojo inexplicável. Reúno todas as minhas forças e chuto seu peito com meus dois pés.

Para a minha infelicidade ele nem se mexe. Maldito.

- Bravinha, vou deixar você aproveitar um pouco esse frio agradável e daqui a pouco eu volto pra gente se divertir.

Ele sai e fecha a porta.

Analiso o ambiente e minha situação para tentar encontrar uma saída, mas não encontro nenhuma. Estou pendurada pelas mãos com uma corrente, seminua, com fome e sede, lá fora deve ter vários seguranças, está chovendo e eu não faço idéia de onde estou.

Só tenho duas opções: morrer aqui ou torcer para alguém me encontra

Victor on


Depois de anotar a placa do carro eu liguei para a Luana e expliquei a situação, pedi que ela tomasse conta dos bebês até tudo se resolver. Também avisei aos amigos da Tainá.

O Rafael montou praticamente uma força tarefa em seu apartamento, com detetives e hakers de todas as partes. Estou indo lá agora.

Toquei a campainha e uma empregada veio me atender.

- Olá, senhor. Por aqui. - Ela faz um gesto para que eu a acompanhe.

Quando chegamos a uma biblioteca vejo vários homens montando equipamentos e outros focados em computadores.

Romance Com O Policial | TainactorOnde histórias criam vida. Descubra agora