desabando

955 38 77
                                    

Mini Maratona 1/3

Comecei meu sábado super animada, fiz minha higiene, coloquei uma camisa e fui até a cozinha preparar meu café da manhã. Coloco Beyoncé na música drunk in love. Eu amo, só de pensar já sinto vontade de dançar.

Como minhas panquecas com suco de laranja e uma maçã.

Decido ir ao shopping dar uma volta, Victor não pode ir comigo por que está trabalhando.

Vou até meu quarto e troco de roupa

Faço um rabo de cavalo e sigo até o shopping. Eduardo como sempre vai comigo.

Entro em algumas lojas e acabo comprando algumas coisas, não resisto. Vou até a praça de alimentação e faço um lanche, tomo meu milk shake de Oreo e já estou pronta para ir pra casa.

No estacionamento mando mensagem para o Victor.

"Oi amor, que horas você vai lá em casa?"

"Oi minha linda, acho que às 18:00 chego lá"

"Ok"

Combinamos de maratonar a série lúcifer. Então fiquei encarregada de fazer o jantar.

Chegando em casa vou direto pôr as mãos na massa. Coloco meu avental e começo a cozinhar. Hoje vou fazer uma macarronada de camarão, para a sobremesa pudim de sorvete e também resolvi fazer algumas coxinhas e bolinhas de queijo para comer enquanto assistimos. Faço o suco e quando está perto da hora combinada ligo para ele.

- Alô.

- Vai demorar?

- Não, já estou chegando.

- Tudo bem, beijos.

Finalizo a chamada e continuo o que estava fazendo. Macarronada pronta eu coloco em uma travessa. Coloco o pudim no congelador e os salgadinhos que fiz ao forno já estão prontos.

Vou até a sala e deixo tudo bem arrumado, quero que fique confortável já que vamos passar praticamente a noite inteira ali.

Ouço a campainha tocar. Deve ser o Victor. Corro para atender. Meu coração acelera e minhas mãos congelam quando vejo o Bruno parado ali na minha porta.

Tento fechar o mais rápido possível mas ele força a entrada.

- Vai embora daqui ou eu chamo a polícia.

- O que eu tenho pra fazer aqui não vai demorar.

- Como conseguiu entrar aqui?

- Dei um jeito no seu amigo segurança e no porteiro. - Ele fala enquanto puxa uma arma e aponta para mim, deixando quase encostada em meu rosto.

Sinto meu coração bater tão forte que chega a doer. Sei que chegou a minha hora.

- Por favor não faz isso. - Falo enquanto choro descontroladamente.

- Porquê eu não faria? Você me denunciou, tive que gastar rios de dinheiro para não ser condenado, e agora você fez de novo, fui obrigado a fazer serviço comunitário.

Será que é por que você me espancou e andou me seguindo?

- Me desculpa, tá? Eu prometo que nunca mais faço isso de novo, eu juro que vou sumir daqui. Mas por favor não me mate.

- Relaxa, você ainda tem alguns minutos de vida. Sabe... Eu lembro que nosso sexo era bom. - Ele tira o sinto e desabotoa a blusa - Então porquê não recordar?

- Não faz nada comigo. Eu te imploro. - Falo andando de costas até o balcão da cozinha onde sei que deixei uma faca.

- FICA PARADA PORRA.

- Eu estou parada. O que você ganha me fazendo sofrer mais?

- Não precisava ser assim Tainá, se você tivesse ficado comigo, hoje estaríamos casados, com nosso filho, felizes.

- Você tinha uma amante. Era um relacionamento abusivo, seu doente.

- E daí? Eu amava você.

- Você não ama nem você mesmo.

Seu olhar se torna ainda mais sombrio.

- DE JOELHOS. DE JOELHOS CARAMBA, EU TÔ MANDANDO.

Eu faço o que ele me pede. Ele põe o pau pra fora.

- Chupa vai. Do jeito que só você sabe fazer.

- Não.

Ele encosta a arma na minha testa.

- A escolha é sua. Ou faz o que eu mando ou você morre agora mesmo.

Seguro seu pênis e ele inclina a cabeça para trás fechando os olhos. Rapidamente dou um tapa em sua mão fazendo a arma cair. Pego a faca que peguei em cima do balcão e enfio em seu membro.

- VAGABUNDA.

Ouço seu grito de dor. Tento encontar a arma mas não sei onde caiu, então corro para meu quarto e tranco a porta, coloco uma mesa e empurro minha cama para dificultar o arrombamento, caso ele tente.

Ouço a maçaneta girar e em seguida socos e chutes na porta. Fico deitada no chão e procuro meu celular no bolso. Ligo para a polícia e rapidamente passo meu endereço.

Vejo que ele parou de chutar a porta. Será que foi embora?

Para minha infelicidade escuto um tiro que faz um buraco na porta. E em seguida outro. Mas dessa vez a porta se abre. Tento correr para o banheiro mas escuto outro tiro e algo quente em minha perna.

Olho para baixo e vejo que fui atingida na coxa.

- É melhor você ficar onde está ou o próximo vai ser na sua testa.

Olho para ele e percebo que o mesmo está perdendo bastante sangue.

- Não me mate, eu imploro.

- Implore o quanto quiser. Sua hora chegou.

- COLOQUE AS MÃOS NA CABEÇA. - Essa voz é familiar, Victor.

Bruno se vira me puxando pelos cabelos e com a arma encostada em minha cabeça.

- Ow que bonitinho. O policial veio salvar sua donzela indefesa.

Choro ainda mais quando a dor em minha perna começa a aparecer, tento estancar o sangue fazendo pressão no local, mas é em vão. Sou arrastada até a janela do quarto. A janela é de vidro e vai do chão até o teto.

- Olha... Eu não sei se atiro ou se jogo ela pela janela... Talvez eu faça os dois.

- Se fizer alguma coisa com ela eu te mato. - Victor fala enquanto entra no quarto.

Bruno vai até a porta onde antes o Victor estava e me puxa até a sala. Victor nos segue.

- Eu admiro sua coragem, se arriscar por uma mulher. Uma mulher seca, que não pode ter filhos. Você acha mesmo que vai dar certo isso entre vocês?

- Não estou aqui para fazer terapia de casal. E se ela está assim, a culpa é toda sua.

- Aah é, me lembrei. Já havia esquecido. - Bruno fala soltando uma risada diabólica.

- Eu vou facilitar para você. Você solta ela e eu te deixo ir. - Victor tenta negociar.

- Acha mesmo que vim até aqui só para desistir no último segundo? Só saio daqui com ela morta.

- Acho que você vai sair daqui morto.

- Posso até morrer, mas ela também vai.

Nesse momento pego um jarro com flores que o Victor me deu e quebro na cabeça do Bruno.

Tento correr mas escuto o som de um tiro, e depois outro, e depois outro.

Sinto algo quente se espalhar em meu corpo e minhas forças acabando. Olho para baixo e vejo sangue por todo meu corpo, minhas roupas que eram amarelas agora tem um tom escuro de vermelho. Caio de joelhos e em seguida deitada no chão. Victor corre em minha direção falando palavras que não escuto mais. Sinto sua mão segurar a minha. Vejo, embaçado, a polícia entrando. Olho para o Victor e em seguida tudo fica escuro.

Continua....

Romance Com O Policial | TainactorOnde histórias criam vida. Descubra agora