Norte olhava confuso e indignado para o corpo da ruiva caído a sua frente, não era sua intenção AQUELE susto, em sua mente maquiavélica planejava algo mortal, mas havia sido mais rápido e fácil do que imaginou.
—Eita, foi mais simples do que eu pensei. -Disse o fantasminha com um grande sorriso convencido.
—Agora é só esperar, e ela não estará mais no meu caminho, e nem na minha casa. - Suspirou analisando a ruiva, e deu as costas ao corpo, mas ao se distanciar alguém falou mais alto em sua mente vingativa...
—Norte, volte lá e a ajude... Você não é assim, pare com essa obsessão querido, descanse... -disse uma doce voz que o fez parar.
—Droga, você de novo?! Eu já disse... Eu não posso descansar em paz, está é a minha casa! -Retrucou a criatura.
—Não é mais, apenas supere... -Respondeu ríspida a voz mansa. -Ajude-a. - Ordenou por fim convencendo o coração de pedra do morto.
—Meleca... -Resmungou frustrado e pensou em como salvar a vida da garota, que possivelmente ele teria infartado.
Andou de um lado para outro, até que se decidiu.
O espírito atordoado foi até a caixa de luz no porão e começou a apertar os vários botões, que pra si estavam aleatoriamente desorganizados; o vizinho que passava fazendo sua corrida noturna, acabou tendo sua atenção chamada para casa, que piscava todas as luzes sem parar.
— O que há de errado com esse lugar? - perguntou a si mesmo, mas logo outro vizinho caminhando com seu cachorro parou ao seu lado.
—Uma moça acabou de se mudar pra aí, ainda é tão cedo e já está fazendo arruaça?
De repente um forte som ecoou da casa e as luzes se apagaram, o cachorro do segundo homem começou a latir ferozmente querendo ir até lá o que chocou a ambos; os homens assustados, resolveram ir ver o que ocorria com a casa, bateram na porta, e ela se abriu sozinha, como se convidassem ele a entrar, e logo atrás da madeira pesada estava Norte.
—Que estranho... Está tão silencioso e vazio... - observou um dos homens, anunciando ao outro.
—Hey... Vizinha? Está ai? - O outro criou coragem pra chamar, descuidando levemente da coleira de seu amigo, que então em um arranque escapou de sua mão e correu pra cozinha.
—TOBI! Tobi volte aqui! - O homem tentava não gritar, mas era quase impossível com seu nervosismo e então correndo atrás do animal, chegou a cozinha encontrando sua vizinha desacordada próxima a geladeira e o seu amigo lambendo mãos e rosto da mesma. O homem se abaixou ouvido sua pulsação cardíaca, e se atordoou mais ainda quando percebeu que estava em um ritmo lento e fraco.
— A não, não, não!! Hey! Ajuda aqui! - Gritou para o outro companheiro que correu até ele e ao ver o estado da mulher caída e do dono do cachorro se comoveu e tentou ajudar, enquanto um pegava a moça em seus braços, o outro afastava o cachorro de seu dono ocupado.
— O que vamos fazer? Ela está respirando? - O que segurava o cachorro perguntava.
— Temos que levá-la pro meu consultório! Ela está respirando, mas a pulsação está fraca -Disparou a explicação enquanto corria pra fora da casa com a moça nos braços, e depois de três casas chegou a dele, abriu seu carro e a colocou no banco de trás, agradeceu o homem pelo cuidado que teve com o cachorro e o coloco de volta pra dentro do lar; se voltou correndo para o carro e então adentrou, dirigindo em alta velocidade, mesmo sem necessidade, pra dar a volta naquela pequena cidade, até o hospital.
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Ghost
Paranormal"(...) Norte era um herói de milhares de aventuras. Não era um mago, nem ladrão, nem guerreiro, mas uma figura poderosa de alegria, mistério e magia sem fim, que vivia numa cidade tomada pela tristeza. (...) Então o sonho fez algo que somente os son...
