O lugar que o amor pisou - Sterella

MAIS FORTE QUE EU

Stéfani Bays

Aquele momento da minha vida estava sendo ainda mais surpreendente do que eu podia prever, Matheus era um bom rapaz, bonito, amoroso, carinhoso, eu estava gostando de ficar com ele.

As amizades que estava fazendo ali eu podia tranquilamente poder chamar de presentes e eu era grata ao universo por isso.

E Mirella, a baixinha agora estava na sala da minha casa e conversava com minha mãe. A observei ali enquanto elas interagiam.

- Ótimo gosto para vinhos! - Minha mãe disse assim que Mirella entregou a ela a garrafa como presente.

- Peguei uma indicação pra não errar. - Respondeu brincalhona. Brincalhona mesmo, porque se tinha algo que eu já havia percebido era que ela entendia de vinho.

- Não precisava se incomodar querida. - Dona Viviane falou simpática.

- Não é incômodo algum, que bom que a senhora gostou. - A menor respondeu, aff, ficava admirada, babando.

Minha irmã me olhava enquanto eu as observava.

- Eu sou Carla, a irmã mais simpática e mais bonita. - A mais nova falou, abraçando Mirella.

- É um prazer Carla. A beleza de vocês realmente vem de família! Eu estou impressionada. - Falou tirando sorrisos da minha mãe e da minha irmã.

- Impressionada estou eu, é muita gentileza sua! Seja muito bem vinda e fique a vontade. Minha filha falou muito bem de você, é ótimo te conhecer. - Foi o que minha mãe disse e eu dei um sorriso feliz por aquele momento, Mirella agradeceu.

- Falou de mim pra sogrinha foi? - Mirella perguntou assim que ficamos sozinhas, óbvio que ela só queria me provocar. Nós havíamos ido para o meu quarto, ficaríamos mais a vontade ali.

- Não fica iludida não garota! - Mirella observou meu espaço, a decoração era básica, meu quarto tinha uma suíte e um closet. Ela parou em algumas fotos, depois me olhou.

- Seu quarto é lindo. - Ela disse simples. Eu senti vontade de dizer que a única coisa linda que eu via naquele ambiente todinho era ela.

- Sem muitos detalhes, estamos sempre nos mudando. - Falei simples.

- Isso costumava ser um problema? - Perguntou me olhando.

- Na minha adolescência costumava! Depois de um tempo parou de ser. - Ela concordou com a cabeça.

- Eu devo agradecer sua mãe por essas mudanças constantes. É ótimo ter te conhecido. - Falou dando de ombros e me dando um sorriso.

Me aproximei dela realmente tentada, eu não devia me sentir daquela forma todas as vezes que a tinha tão próxima.

- Você até tenta mas não consegue deixar de ser um amor não é? - Brinquei e ela riu me puxando pra ela e me abraçando.

- Costuma ficar mais difícil as pessoas resistirem quando eu me comporto assim. - Brincou e eu assenti, mau ela sabia o quanto aquilo era verdade.

Eu podia começar a me acostumar com encostar em sua pele quente e de ser invadida por aquele cheiro sempre. Ficamos alguns segundos naquela posição, eu gostava de ter ela próxima.

Nos ajeitamos na cama e entre vinhos, petiscos e brincadeiras vimos dois filmes. Mirella era leve, agradável, gentil e carinhosa.
Se eu havia aprendido algo sobre ela é que ela gostava de toques, de proximidade e ela não levava nada daquilo na maldade. Mas eu não conseguia deixar de sentir arrepios toda vez que nossas peles se roçavam de alguma forma.