DE QUE CÉU VOCÊ SAIU?

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Mirella Fernandez


Fizemos o combinando de passarmos o natal com a família de Bragança. Aquela provavelmente era a última vez que seu pai passaria com a gente. Então demos o jeito de juntar nossas famílias mais a de Stéfani. A família de Hana era um pouco maior e eles optaram por passar em casa mesmo sem a presença dela. Já na virada do ano iríamos viajar com nossos amigos.

Ver o senhor César tão debilitado me cortou o coração de formas inimagináveis, não só o meu. Era possível ver o quanto Leticia estava tentando ser forte.

- Eu sabia que o gosto de vocês duas era por mulheres, desde sempre vocês fogem de rapazes! - Aquele era César falando.

- Nós já esperávamos por esse dia e as mães de vocês, prepararam seus terrenos muito bem. - Meu pai falou rindo.

- Com todo respeito as moças. - Olhei para Stéfani ao meu lado e para Hana. - Eu cheguei a pensar que vocês iriam se casar um dia. - César falou quando estávamos na mesa, todos estavam ali, eu sabia que era um comentário sem maldade.

- Querido, não fale isso para as meninas. - Dona Alessandra falou e eu comecei a rir junto com Leticia. - É inconveniente.

- Elas não combinariam tanto se fossem namoradas tio! - Muryllo falou após dar uma longa risada.

- Papai, eu e a Mirella não nos aguentamos nem como amigas tem dia!

- Ah, vocês duas... Vocês até moram juntas. Não adianta disfarçar, todos sabemos que vocês se adoram.

- Verdade! Leticia me adora! - Falei e ela me mostrou o dedo pelo tom de voz brincalhão que usei.

- Você já devia saber que essas duas não dariam em nada seu velho! - Meu pai falou rindo novamente. Eles eram amigos há muitos anos e viviam implicando um com outro. - Mas não podemos negar o ótimo gosto delas.

- Não mesmo. Sejam muito bem vindas a nossa casa. É maravilhoso vê-las com pessoas tão bonitas e boas. - Ele falou gentil e elas agradeceram.
Carla e Muryllo entraram em um assunto sobre moda. Nós falamos sobre a faculdade e tantos outros assuntos.

Entramos em vários assuntos, após a ceia os mais velhos logo foram para a varanda aproveitar a noite bebendo e conversando e nós resolvemos fazer alguns jogos entre nós e animar as crianças, Enzo e Clara estavam muito animados. Fizemos adivinhação, dança, mímica entre outros, foi muito divertido.

Nós quatro também na varanda agora, me sentei entre as pernas de Stéfani encostando meu corpo no seu. Era uma noite agradável. 

- Namorar mulher gostosa não é fácil. Como se não bastasse ser gostosa ainda é gentil. Todo mundo te quer como nora, impossível julgar.

- Só a dona Viviane tem! - Falei dando um beijo em seus lábios.

- Acho bom, odeio ter que te dividir. - Stéfani falou e eu comecei a rir.

- Você não tem! - Falei mostrando a língua pra ela. Meu pai  e César logo se aproximaram puxando assunto com Stéfani e Hana, me sentei com minha sogra, tia Alessandra e Carlinha. Muryllo fala com alguém no telefone.

- Que bom que vocês se resolveram. - Falei um tempo depois quando encontrei Bragança sozinha. Hana havia dado um cansaço bom na loira, demorou dias pra perdoá-la por aquele dia.

- Sim! Eu achei que ela não me perdoaria. Mas  Hana, é diferente e eu estava disposta a fazer de tudo pra conseguir suas desculpas.

- Ela é sim! Não se machuquem! - Falei e passei a mão sobre os seus ombros, estávamos lada a lado.

O lugar que o amor pisou - SterellaOnde histórias criam vida. Descubra agora