SENSAÇÃO DE CALMA

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Stéfani Bays

Meu coração parou no maravilhoso momento em que a vi, alguns metros a minha frente com aquele sorriso que me fazia sentir milhares de sensações.

Ela conversava animada com Resende, Biel, Viviane e uma moça bonita que eu não conhecia e enquanto minha consciência gritava: corre, corre, corre! O meu coração já sussurrava: Não tem escapatória.

Eu estava lutando uma batalha perdida!

Matheus também estava lá, apesar da minha confusão interna eu estava conseguindo me divertir bastante.

- Você tá linda! - Ele falou assim que me viu.

- Você também! - Ele tentou me dar um beijo, mas virei o rosto a tempo.

- Eu fiz alguma coisa? - Ele perguntou com uma carinha confusa.

- Não, eu só. Tô de boa sabe! - Falei e ele concordou com a cabeça tranquilo. Dei um beijo no seu rosto e ele sorriu, não parecia bravo.

Em certo momento me desvencilhei de todos procurando pelo banheiro, os da área externa estavam todos ocupados, então me dei ao luxo de procurar outro banheiro pela enorme casa, o que acabou parecendo uma missão bem difícil.

- Perdida? - Disse uma voz atrás de mim fazendo com que o meu coração começasse a bater desenfreado. Virei  para encontrar com aqueles olhos castanhos que são capazes de ver até o mais profundo do meu ser, ela me olhava tão fixamente que por um momento esqueci até meu nome.

- Procurando um banheiro desocupado! - Falei voltando a olhar as portas ao redor.

- Vem comigo! - Falou segurando minha mão e me guiando pela casa até o andar de cima.

- Conhece bem essa casa  né? - Não consegui deixar de implicar e falei assim que paramos em frente ao banheiro. Mirella me olhou.

- Conheço mesmo! - Deu de ombros, eu dei um tapa leve no seu braço fazendo com que ela se queixasse. - Ai, agressiva! - Falou e eu fechei a cara.

- Eu devia ter dado mais forte! Mas infelizmente eu não consigo. - Falei sincera e ela riu.

- Claro que não consegue, você me acha um neném! - Ela falou convencida e eu quis negar só pra tirar aquele sorrisinho do seu rosto, mas não consegui fazer aquilo em voz alta. Eu apenas segurei seu olhar.

Mirella parou de sorrir e negou com a cabeça, em seguida suspirou tirando os olhos dos meus e mordendo seu lábio. Então antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela me puxou para dentro de um dos quartos.

O que eu senti em seguida foi sua mão na minha cintura me levando para mais perto dela. Meu coração acelerou imediatamente e minha respiração falhou. Ela ia mesmo fazer aquilo? Mirella ia me beijar?

Ela parecia ter certeza do que queria, olhou pra minha boca e voltou os olhos para os meus. Eu não ia me enganar, eu queria muito aquele beijo. Mirella me olhou uma última vez e então a distância entre nossas bocas acabou de vez, eu senti seus lábios nos meus como uma caricia suave.

O beijo era calmo, mas a intensidade da sensação daquele nosso contato era tão gigante. Foi incrível, foi estranho, tinha química, encaixe. Eu não sabia o que existia entre nós duas e nem o que aquilo significava, mas parecia que havíamos sido feitas uma para outra. O beijo calmo logo se transformou, eu tinha uma mão sobre seu ombro e a outra totalmente enfiada entre seus fios longos. Nossas línguas dançavam juntas, se provocando, as mãos dela apertavam minha cintura em uma carícia quente, eu fiquei com a sensação que ela poderia descê-las até minha bunda a qualquer momento. Eram movimentos tão perfeitos e precisos, a maneira como estávamos envolvidas, tudo parecia estar acontecendo exatamente do jeito que tinha que acontecer. 

O lugar que o amor pisou - SterellaOnde histórias criam vida. Descubra agora