EPÍLOGO

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🌻

2 anos depois

Dois anos...nossa. Eu nem consigo acreditar que já passou tanto tempo.

Nesta mesma data, a dois anos atrás, eu tinha fugido da casa de uma amiga para ir à uma boate. Não me arrependo nem um pouco, as consequências foram muito favoráveis.

Antes de tudo, acho importante dizer que não foi fácil entrar de volta na casa dela. Luara tinha exagerado um pouco na bebida, e coloca-la para dentro sem chamar atenção foi um pouco complicado.

Por sorte, Rafe insistiu em nos acompanhar até em casa, voltamos no carro de Léo por volta das duas da manhã. Ele fingiu estar passando pelo local e distraiu o guarda por tempo o suficiente para que eu abrisse a porta dos fundos e nos colocasse dentro de casa.

Naquela noite eu dormi com um enorme sorriso no rosto, não tínhamos rotulado fosse lá o que estávamos tendo, mas o fato de estar-mos tendo algo já era o bastante para me deixar feliz.

Ninguém desconfiou que saímos.

***

Um mês já tinha se passado desde a fuga, e tudo permanecia igual. Ou melhor, quase igual. Agora eu tinha um lance com meu guarda.

Grace e Helena sabiam de tudo, eu não conseguiria esconder delas, nem queria, e super me apoiaram. Ainda não tínhamos contado nada para ninguém, nossa relação tinha sido mantida em segredo e elas respeitavam isso.

As vezes eu tinha receio de que nunca revelasse-mos. Eu gostava da sensação de um relacionamento secreto, mas não queria que durasse uma eternidade.

Foi então, que naquele mesmo mês ele me surpreendeu quando me pediu em namoro oficialmente.

Eu iria me encontrar com ele no jardim dos fundos de minha casa a meia noite, como fazíamos de vez em quando. Era a vez dele fazer o turno dos fundos, e mamãe já estava dormindo em seu quarto na frente da casa.

Eu estava apenas com uma blusa de moletom branca e a calça de um pijama. Umas pantufas felpudas na cor rosa e a cabeça coberta pelo capuz do moletom, para me proteger da brisa gelada da noite.

Ele não se importava com meus trajes, estava até parecido comigo, usando uma blusa de moletom preta e as calças escuras do fardamento. Provavelmente o uniforme de guarda estava por baixo da blusa. Logo notei uma arma deixada na cadeira ao seu lado, nunca foi necessário usa-la, mas estava ali por precaução então não me importei.

Eu o encontrei parado próximo da piscina, olhando o reflexo da lua na água, era lua cheia e o céu estava coberto de estrelas. O vento gelado batia em meu rosto e bagunçava os pequenos fios que escapavam do capuz. Chamei sua atenção e ele riu baixinho quando me viu toda empacotada.

"O que foi? Estou com frio", resmunguei em um sussurro me aproximando.

"A noite está bem fria mesmo, acho melhor você voltar para o seu quarto se não irá pegar um resfriado", ele conversou, também em sussurro.

"Tenho uma ideia melhor", me aproximei ainda mais e o abracei, me aconchegado em seu corpo e sentindo seus braços se envolverem ao meu redor, onde se encaixavam com perfeição, "pronto, agora estou mais aquecida", ele riu brevemente, o queixo no topo de minha cabeça, mas depois não disse mais nada. Ficamos em silêncio por um bom tempo, apreciando apenas a presença um do outro.

Luna - Spin OffOnde histórias criam vida. Descubra agora