Prólogo

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Ah se aquele banheiro falasse! Certamente contaria histórias de um basilisco, uma entrada secreta para uma câmara também secreta, crises de choros de adolescentes que se escondiam, preparações de poções polissuco, planos secretos e segredos guardados.

Pensando melhor aquele banheiro falava: com uma voz estridente, que gemia e que era chorona. Murta, condenada a viver naquele banheiro, foi testemunha de um romance iniciado num espelho, com traços incertos, mas também certos, desenhos indefinidos em todos os sentidos, riscos incompletos, mas que se completavam contando uma história, às vezes dramática, às vezes esperançosa, às vezes trágica, mas acima de tudo: romântica.

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