Um príncipe

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Como em seu livro preferido.

Ele era um príncipe? E ela uma rosa única no mundo.

Mas o que chamou atenção mesmo foi o desenho.

O garoto.

O lago.

O pôr-do-sol.

Seu coração saltava do peito. Não podia ser ele. Mas tudo se encaixava, o papel de vilão, os estereótipos, a parte das estrelas.

Seu nome era uma constelação, não era?

E ela se lembrava de o ver sentado em frente ao lago no dia anterior observando o pôr-do-sol.

Depois daquela partida de quadribol. Sempre assistia para apoiar os primos, de ambos os times.

No íntimo torcia mais para Albus do que para os outros, mas mantinha a cara de tédio que havia acostumado a fazer em público.

Não estava mais apaixonada pela ideia de uma pessoa.

Estava apaixonada pela pessoa por inteira.

Estava apaixonada por Scorpius Malfoy. Ela não imaginava o garoto modificando desenhos em banheiros ocupados por fantasmas irritantes. Parecia sempre tão superior a tudo aquilo, não parecia se abalar com nada. Mas ela também não parecia? Eram estereótipos.

Murta soube que ela entendeu quando Rose pegou sua caneta vermelha e desenhou ao lado do garoto uma rosa. Não que precisasse de mais dicas. Afinal, sabia quem era.

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