Epílogo

75 6 9
                                    

Uma palavra definia Murta: indignação. A fantasma olhava para o espelho vazio.

— Sinto muito Murta. – Rose disse quando entrou com Scorpius. – Chega de desenhos.

— Você é literalmente tão insensível quanto seu pai! – A fantasma disse aos berros, derramando lágrimas. Virou-se para o garoto. – Se um dia cansar da rosa cheia de espinhos é bem-vindo. Sozinho!

Voou para o vaso mais próximo derramando água pelo banheiro todo.

Scorpius acabou deixando uma lembrança.

O garoto e a garota. Beijando-se embaixo de um céu estrelado. Esperava ser o suficiente para o final da novela da fantasma.

Quatro meses depois Murta ainda permanecia inconformada.

A fantasma olhava para o espelho vazio. Sem rabiscos melancólicos, sem sol sorridente. Sem romance ou beijo! Tinha sido abandonada no banheiro, sua novela havia acabado, seus dias eram também vazios.

— Oi.

Ela apenas acenou. O garoto usava um boné que escondia os cabelos ruivos, os olhos, as sardas. Ele arrancou uma caneta da bolsa. Seus traços eram muito melhores do que os anteriores.

— Tchau! – O garoto foi embora deixando o desenho para trás.

Murta sorriu animada. Mais uma novela para acompanhar. Weasley's eram problemáticos, mas valia a pena. Quem seria a garota perdida que entraria ali para se apaixonar?

TraçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora