Tempestade de tinta

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Entre todas as idas e vindas pelos corredores, ela encontrou seu lugar.
Todos os dias passava por lá. Dava um oi para Murta e ficava encarando o espelho questionando a imagem refletida.
— O que vamos fazer? – Perguntou depois de um dia especialmente difícil.
Rose pegou uma caneta esquecida no meio do caderno. Colocou para fora a tempestade de dentro dela.
Desenhou no espelho a nuvem e a chuva. Caiam em cima de uma garota.
— Quando está na chuva é para se molhar.
Fez um floreio com a varinha. As gotas de tinta caiam uma atrás da outra. 
Pensou: pobre garota.

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