▪︎ Achandos e Perdidos - Cap⁸ ▪︎

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Seuol, PJM.

É oficial, vou infartar antes dos cinquenta anos.

Chegou o momento de termos aquela conversa, e eu, Park Jimin, estou a ponto de colapsar o meu corpo de tanto nervosismo e paranoia.

Definitivamente eu sou a pessoa mais lenta do mundo em ralação à: "Jimin, tem dois gostosos que tiveram uma ligação de alma com você". Não que eu vá reclamar, Puff ... são dois.

Chegou aquele momento da minha vida em que eu paro para pensar como estava antes de querer um recomeço. Eu sei que tem pessoas com traumas mais fodidos do que os meus, mas as vezes começar a amar alguém, se apegar a uma pessoa, no meu caso são duas, na minha concepção é assustador. Eu parei de me sentir amado a partir do momento que perdi minha mãe.

O mais interessante nisso tudo é que em um período consideravelmente curto, sem qualquer esforço, eu estou perdidamente rendido a eles, entregue de uma tal maneira que eu não consigo controlar. Me sinto estranhamente só, fraco, impotente quando passo um tempo longe deles.

Isso piorou quando passamos quase uma semana apenas nos falando por aplicativos de mensagens. Não é suficiente para mim, muito menos para meu lobo e é tão exaustivo quando estou afastado deles pois meu emocional me deixa fraco, coisa que eu evito ser.

Eles tem um ao outro e eu, o que eu tenho?!.

Isso é assustador, essa carência toda do meu corpo, da minha alma, é espantoso ter que lidar com isso, a parcela gritante de medo que habita em mim e me alerta para sair correndo e largar tudo e a outra que me encoraja a ir fundo no que eles irão me oferecer, está me assustando, pois veja bem, cresci sozinho e receber afeto, carinho, atenção ou amor se tornou inexistente para mim, a última vez que tive certeza de ser amado eu tinha cinco anos de idade, e porra, essa é uma situação muito assustadora agora.

Já recebi todo tipo de afirmação que Taehyung e Jungkook são os alfas mais respeitosos, amorosos, protetores e mais uma infinita lista de gesto e atitudes que provam o quão eles são excelentes pessoas  e eu sei que no fundo eles são meus e eu sou deles. Mas isso continua sendo confuso e cominente para mim.

— Acho que deveríamos conversar agora sobre tudo isso porque eu não 'tô tendo estrutura emocional o suficiente. – Agora eu estava no escritório de Jungkook em frente aos dois que me olhavam como se eu fosse a coisa mais perfeita que já viram. — Por favor digam algo, qualquer coisa e parem de me encarar! – Grunhi. — Estou me sentindo exposto!

— Hm, não seria uma má idéia ... – Senti meu olhos crescerem de tamanho e minha bochecha pegar fogo. — Oh, olhe como ele está! Parece um moranguinho suculento ... – Taehyung disse, seu tom era rouco e sua língua passava entre os lábios.

— Taehyung! Não o deixe envergonhado. – Ralhou Jungkook. — Precisamos de concentração, é um assunto importante. 'Tá bom?! – O alfa mais novo assentiu com um sorriso duvidoso brincando em sua boca.

Suspirei de tão lindos que eles são.

— Vamos começar falando sobre nós. O que vocês acham? – Taehyung sugeriu — Sei que sabemos algumas coisas uns dos outros, mas eu quero melhorar isso.

— Por mim tudo bem e você Mon coeur?! – O Lúpus puro me perguntou.

— Tudo bem também. – Sei que corei vergonhosamente com a atenção dos dois sobre mim — Como vocês sabem .... – Comecei a falar. — Faço faculdade de dança, moro com meu pai ... hm ... é, tenho um emprego ou pelo menos tinha um. Eu não tenho muito o que dizer. – Parei de falar analisando os dois alfas a minha frente. O que eles achariam se eu contasse que tenho um filho? Tenho uma ligação linda e forte com meu bebê e por ele largaria tudo, até minhas almas gêmeas se isso fosse afetar nossa felicidade. Afinal, estou a tanto de tempo planejando ter meu filhote em meus braços para sempre que nada vai me impedir.

Amour à trois. -  𝑽𝒌𝒐𝒐𝒌𝒎𝒊𝒏.Onde histórias criam vida. Descubra agora