51 | As Moiras, a Vida e a Morte

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Não era novidade alguma para mim que minha mãe não gostaria nada da minha ideia, mas pouco me importava. Eu sabia o que tinha de fazer e não iria desistir. Era a minha profecia e eu tinha que cumpri-la, não me importava como.

Eu não queria provar nada para ninguém. Não queria derrotar Zeus para ter meu nome na história, ou para receber as congratulações por ter defendido o Olimpo. Eu queria porque era a minha história. A minha vida. O meu lar. Embora odiasse tantas pessoas ali, e a futilidade que era a vida lá em cima, não podia deixar de me preocupar.

Então pedi a ajuda de Poseidon.

Ele sabia como eu poderia entrar e sair do Mundo Inferior, e felizmente me ajudou nisso. Viemos juntos até a entrada, e acabamos levando mais da metade do dia para isso. Nesse tempo, conversamos sobre tudo o que estava para acontecer e como isso estava mexendo com os humores de todos, principalmente o da minha mãe.

— Eu não achava mesmo que sua mãe sabia quem era seu pai. Ela sempre negou quando perguntávamos.

— Eu também não sei por que ela mentia. Talvez receio do que Zeus poderia fazer. E, sendo sincera, sabemos que Zeus e seus carrascos só não foram me procurar nesse tempo pois não sabiam onde eu estava.

— Tem razão. Se soubessem dele, iriam procurar alguma forma de ir.

— É... Mas acho que minha mãe deveria ter contado ao menos para Ártemis. E você.

— Ártemis sim, mas eu?

— Claro, vamos fingir que eu nunca soube sobre vocês dois.

— Soube sobre o que?

— Eu sou sua sobrinha-neta, mas não precisa mentir para mim, ok? Eu até gostava dever vocês juntos, fingindo que se odiavam. — Digo, e ele suspira e solta um leve sorriso.

— Eu gosto da Atena, mais até do que deveria, e ela gosta de mim. Mas ama o Heimdall. Com ele eu não posso e nem quero competir. — Ele diz, sério, observando o curso que o barco tomava, indo para a costa. — Só espero que ela seja feliz com ele.

— Garanto que é. Só não sei como vão ficar juntos. Minha mãe não pode deixar a Grécia, muito menos o Olimpo. Heimdall não pode deixar Asgard.

— Isso é com eles. Como eles vão se resolver no fim de tudo. — Ele diz, e eu assinto, concordando.

Poseidon encosta o barco e o ancora num cais improvisado. Nós dois descemos e ele me acompanhou pela curta estrada barrenta, subindo um morro na encosta da praia. O céu estava enfeitado com nuvens escuras e pesadas, especialmente sobre o pico onde estávamos subindo.

Havia muitas pedras pelo caminho e o chão era bem desgastado. As folhas eram secas e visivelmente danificadas. Não eram tratadas. Paramos ao lado de uma enorme pedra, como se desse passagem para uma caverna. Poseidon encostou uma chave de pedra em formato da letra ômega e empurrou a porta.

𝐏𝐇𝐎𝐄𝐍𝐈𝐗 ꩜ loki laufeyson (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora