Horário do almoço, era algo incrivelmente satisfatório para alguns, e extremamente horrível para outros. A menina Nezuko por um lado, amava interação com pessoas novas e comida, óbvio que ela iria amar a cantina cheia em horário de almoço, já Zenitsu por outro lado, não gosta que outras pessoas pensem errado sobre ele, e também odeia ter que ficar ouvindo as fofocas dos outros, infelizmente nasceu um um ouvido sensível e forte ao mesmo tempo, logo não gostava de ambientes com muitas pessoas.
Após o horário de almoço terminar o loiro agradecia internamente por cada segundo que lhe restava, até lembrar que hoje teria as atividades do clube, ao olhar em seu horário viu que a primeira aula seria a de música, então teria que se separar de todo o grupo, que vida cruel, por que ele escreveu seu nome sem mesmo saber o que estava fazendo? Se arrependia por cada segundo agora.
O grupo se despediu cada um seguindo para sua atividade, era algo novo para o pessoal, eram novatos.
Zenitsu chegou a aula de música desanimado e com medo, bateu na porta da sala ouvindo um "pode entrar" meio rabugento de dentro da sala, algo que lhe deu uma má impressão. Um homem alto usando um moletom grande, pintando em um quadro enquanto tocava música clássica em um disco de vinil, algo peculiar, era uma música que não conhecia. O homem, supondo ser seu professor, tinha cabelos brancos, era difícil saber se eram naturais ou não, tinha vários acessórios no corpo todo, incluindo um óculos moderno e antigo ao mesmo tempo e um olho magenta com uma tatuagem estranha no alho direito, tinha mãos incrivelmente grandes, que pincelava o quadro sem dó, sabendo de cada traço que fazia, era a encarnação de talento/(Imagem do começo do cap).
Imagine ele assim:
"Eh.. uhn... Aqui é a sala de música?" Pergunta o loiro com um tanto de refutância na voz. O homem fala sem mesmo tirar os olhos do que estava fazendo "claro né imbecil, vai estar escrito 'sala de música' em uma academia de certo?", ok o homem não era alguém muito gentil, "é-é que o senhor está pintando um quadro... pensei ter errado de sala" fala o menor com uma pequena raiva interna da grosseria da figura, porém tentava entender o porquê de um professor de música estar pintando um quadro enorme no meio da sala. O platinado logo virou para encarar quem o incomodava, tendo uma expressão de desanimo no olhar "parece que temos um primeiro-anista neste ano, ótimo" levanta-se do lugar onde estava e cruza os braços, o homem era alto demais, Zenitsu ficava menor que seu peitoral, e ele não é baixo. "Uzui Tengen, 26 anos, cursado em música e estética e professor do colégio há 4 anos, bem vindo ao clube loirinho", "que tipo de apresentação foi essa?" pensa Zenitsu, "não tenho tantos participantes desde a última troca de grêmio, nem achei que ia dar aula esse ano de novo, que tristeza", "o clube não tem mais ninguém?", "com essa nova oportunidade de abrir o próprio clube os alunos do grêmio criaram vários clubes com estilos de músicas diferentes, ninguém vê necessidade de participar da aula tradicional, já que tiraram a minha aula das matérias obrigatórias" fala Uzui com um tanto de desprezo no final. Apesar do professor parecer uma pessoa extrovertida e difícil, Zenitsu achou melhor a ideia de ser o único do clube, viu uma oportunidade de sossego entre tantas pressões para todos os lados naquele lugar, era só matéria para todo lado, um clube pro resto da vida, grêmio estudantil e professores diferentes, isso era menos pior de tudo, pelo menos. O maior começa a tirar as coisas do meio da sala que se mostrava um lugar incrivelmente espaçoso, pegando uma cadeira e sentando em seu contrário virado para Zenitsu, "Que foi? Vai ficar só olhando? Pega uma cadeira também!", que sujeito estranho! "A-ah sim!" Zenitsu pega uma cadeira e senta meio sem graça, ainda com uma vontade interior de dar uma porrada em seu 'professor', o mais velho o encara fixamente de um jeito cômico, com uma cara de intrigado parecendo que estava analisando o menor sem falar nada, nada saia de sua boca, jesus... Aquilo era tão desconfortável que Zenitsu queria ter a coragem de Inozuke no momento e pular da janela de vidro do 3⁰ andar, sim, Javali-kun já era experimente nesse assunto.
"Você não me parece alguém muito forte nem corajoso, vejo porque escolheu esse clube ao invés de esportes" Esse homem realmente não tem vergonha na cara, "Sério?! Quem esse cara pensa que é?" pensa o loiro com uma cara estranha e veias saindo de sua testa, tipo uma face de anime, "O que você acha que é arte?" pergunta Uzui repentinamente, "uh?" "O que é arte?" Repete outra vez, agora mais sério. "E-eu não sei... Talvez o que o senhor estava fazendo agora pouco...?", a resposta de Zenitsu deixa o professor em silêncio um pouco até dar um suspiro de desapontamento "Aquilo até poderia ser o que chamam literalmente de 'arte', porém a arte não é só aquilo" Zenitsu fica confuso porém intrigado pelo que o professor iria falar, "Poderíamos considerar aquela música da caixa uma arte?" Pergunta Tengen, Zenitsu lembrou rapidamente da música que antes tocava logo que entrou na sala, era uma música de violino calma porém com batidas graves de tambor no fundo, ele nunca tinha ouvido nada igual, de alguma forma aquela melodia lhe fez o dia um pouco melhor, aqueceu seus ouvidos sensíveis de uma forma boa. "...sim" fala o amarelado entrando no que Uzui queria realmente dizer "Agora me diga, poderíamos considerar aquela lata de lixo lá fora como arte?" pergunta apontando para o pátio do colégio que ficava na vista da janela da sala de música, Zenitsu tinha ouvido o bastante, achou o que o professor estava falando sério e não fazendo brincadeiras, rapidamente respondeu com raiva: "Mas é claro que-" até ser interrompido "Depende do criador"... O que ele queria dizer com isso? "Arte é uma obra, e toda obra tem um criador independente do que está sendo criado, qualquer coisa que deixa de ser visto como criação artística pelo próprio indivíduo que fez deixa automaticamente de ser arte, se eu abandonasse aquela pintura que estava fazendo e não a admitisse ela deixaria de ser arte, independente se for considerada bonita ou útil, uma obra sem consideração não deve ser aplaudida, sem o amor pelo esforço de cada segundo que a demorou para fazer, mesmo que tenha sido um 'erro'. A música que tocava antes é considerada arte porque foi gravada para mais alguém ouvir, foi colocada com autoria e feita com amor e fabulosidade, isso é arte" termina deixando o menor com um olhar chocado depois abaixa a cabeça pensativo,"ah... Vejo que não entendeu" fala Uzui desanimado, "não... Eu entendi sim" "eh?" "Pensando bem, arte não é apenas pinturas e quadros, pode ser qualquer coisa... literalmente qualquer coisa, eu imagino se o músico que criou essa música pensava assim também...." Uzui fica um pouco espantado com a fala do menor porém logo da um sorriso "bem vindo oficialmente ao clube-de-música, que instrumentos quer aprender?" Termina o diálogo com animação e convicção.
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A aula de música foi melhor do que pensava, o professor tem uma personalidade forte porém era muito orgulhoso do que fazia, sua autoestima poderia ser um pouco alta demais para se chamar de "Tengen-sama" em terceira pessoa no meia da aula e se considerar 'a pessoa mais fabulosa', poderia, porém Zenitsu agora via um motivo pra continuar indo pro colégio nos dias seguintes.
As aulas de clube são 3 vezes na semana sendo terça, quinta e sábado, mesmo não tendo aula nos finais de semana, sendo no período da tarde.
A primeira aula durou 1 hora, e Zenitsu se dirigia para o horário até avistar que não tinha nada nos próximos 50 minutos, ótimo agora estava sozinho dentro de um colegio enorme e não tem nada para fazer, além do intervalo ser logo após, não iria entrar em aula durante as próximas 1 hora e meia e teria que esperar o recreio por seus amigos, o que poderia piorar?
Foi para seu armário que tinha o corredor com poucas pessoas e pegou seu fone de ouvido especial e o dinheiro para o recreio, poupando ter que voltar para pegar depois, pensou seriamente em ir para o dormitório tirar uma soneca ou jogar hanafuda com a parede ou com um amigo imaginário porém pensou em como isso parecia miserável.
Foi para o pátio ao lado da sala de teatro ouvindo música e esperando pela sua amiga que estava lá dentro, durante esse tempo pensou em como a música em si o ajudava com essas coisas, tanto que comprou um fone caríssimo apenas para poder ouvir música com seus ouvidos especiais, e percebeu a importância disso só agora, talvez ter se inscrito naquele lugar não foi uma das piores coisas que fez.~
O sinal para o intervalo bateu depois de longos minutos de espera, Zenitsu foi se levantando indo se dirigir para a sala de teatro e encontrou Nezuko saindo saltitando. "Vejo que está animada" "Ah! Zenitsu! Estava me esperando?" O menino cora um pouco porém percebe mais alguém atrás da garota, "Quem é esse?" Pergunta uma menina baixa de cabelos brancos e olhos lilás, com um cabelo curto e franja,"Esse é o Zenitsu, um dos meus melhores amigos, Zenitsu, essa é Kaul Ubuyashiki, ela é uma das filha do diretor e dono desse colégio e faz clube de teatro comigo" "olá" fala a menina com a mesma expressão, isso o lembra de muitas pessoas, como Muichiro e o profissional introvertido de educação física. "Ah, olá" "Ela já fez amizade com a filha do diretor?!! Nezuko-chan é uma pessoa surpreendente" pensa o rei do gado. As meninas se despedem e os dois seguem sozinhos tentar encontrar o resto do grupo para lanchar, Zenitsu extremamente nervoso por estar sozinho com a garota que ele gostava, mesmo sendo amigo dela há muito tempo ainda não se acostumou, e Nezuko andava animada nem percebendo com a cabeça na coisa que ela mais amava, comida.
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❤︎ I'm in love with Nezuko's brother ❤︎ Tanzen シ︎
Fiksi PenggemarA história basicamente conta de como Zenitsu se apaixonou pelo irmão mais velho da menina que ele gostava. O loiro é novato, junto de seu grupo, em um dos colégios internos mais caros do Japão, onde contém um Grêmio Estudantil. Nele se encontra o pr...