Capítulo 4

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  Sayuri sentia seu coração batendo muito forte naquele momento. Encontrá-lo no centro de Dazaifu era uma coisa, mas em sua própria casa... como aquilo era possível? Perguntava-se se ele estaria seguindo-a.

- Eu... não quero ser... indelicada... mas, o que faz aqui? - perguntou sem ainda se aproximar dele.

- Estou à procura da moradora desta casa. Sabe me dizer se ela volta hoje?- ele perguntou descendo da varanda e caminhando até ela.

  Sayuri sentiu um certo alívio ao perceber que ele não estava a seguindo. Era apenas uma coincidência, já que ele certamente não sabia que era ela quem morava ali. O que será que ele queria, afinal?

  O hashira parou à uma curta distância de onde a moça estava, que ficara perplexa com a altura dele.

  Tinha esquecido do quanto era alto. - ela pensou.

- Bom, a moradora sou eu. - sorriu.

    Não é possível... - Kyoujurou sentiu seu coração palpitar.

- Então é você! Mas... - ele a encarava confuso. Jurava que ela morava na outra casa próxima com a família. - Quando eu estava vindo para cá, por acaso a vi pela janela de uma casa aqui perto. Eu pensei que morasse lá com sua família! Mas vejo que foi apenas um engano!

  Sayuri sentiu seu rosto esquentar ao imaginar o hashira a observando sem que ela soubesse.

- Na-não. - disse sem jeito. - Eles certamente são como uma família para mim, mas eu só estava jantando por lá.

- Entendo. - ele sorriu. - Bom, eu ainda estou incrédulo com toda essa coincidência, mas vou explicar o motivo pelo qual estava te procurando! Primeiramente, eu me chamo Kyoujurou Rengoku, o hashira das chamas! - se apresentou animado.

  Então Tsuzuki-san estava certo sobre ele. - Sayuri pensou, lembrando-se da conversa que havia tido mais cedo.

- Eu estou numa missão muito importante. Busco algumas informações sobre um oni que foi visto por essas bandas pela última vez. E soube do ataque que aconteceu aqui há cerca de 13 anos atrás, que bate com a data de sua última aparição. - ele explicou. - Por isso estou aqui! Gostaria de saber se poderia responder algumas perguntas. Eu prometo não me alongar muito neste assunto, já que imagino não ser agradável para você falar sobre isso! 

- Na verdade, está tudo bem. Prometo colaborar da melhor maneira. - ela disse com um sorriso tímido nos lábios. - Acho melhor entrarmos, sim? - sugeriu.

  O hashira assentiu com um sorriso enorme nos lábios, e os dois entraram na casa.

  Sayuri estava muito nervosa; sentia borboletas no estômago. Estar na presença daquele homem a fazia perder o chão, ainda mais naquelas circunstâncias: os dois sozinhos em casa de noite. Torcia para não agir de nenhuma maneira estranha, passar alguma vergonha ou demonstrar o quanto estava sem jeito por estar com ele.

  Indicou um lugar para que se sentasse e ele logo o fez, observando ao redor impressionado. A casa era muito bonita e arrumada, e o hashira imaginava o quanto a moça deveria ser dedicada para conseguir manter aquele lugar enorme tão limpo e bem organizado.

- Você aceita um chá? - ela ofereceu gentilmente.

- Não precisa! Não quero dar à você nenhum tipo de trabalho! - ele sorriu.

  Ela assentiu e se sentou ao lado dele.

- Então, pode me descrever o ataque? Do que você se lembra? - ele perguntou, olhando diretamente nos olhos dela.

Passion and Flames - a hashira tale (Rengoku)Onde histórias criam vida. Descubra agora