31 de outubro de 1981:
Amélia não soube direito o que houve depois de ter apagado uma segunda vez, nem por quanto tempo tinha dormido, sem a completa noção de que já havia passado da meia noite. Ela apenas sentiu seus olhos tremerem e seus sentidos voltarem aos poucos, foi então que percebeu estar numa cela imunda no que parece ser o subsolo.
- Vulnera Sanentur. - Uma voz feminina diz e é como se a dor dos cortes do Sectumsempra simplemente parassem de serem sentidos por Amy. - Sua varinha está na quinta sala subindo as escadas, perto da lareira de pó de fluor.
Os olhos da Bouvier se abriram ao pouco e se focaram na direção da voz. Foi inevitável não me surpreender ao ver Narcisa do outro lado da grade, aparentemente aflita.
- Por que está fazendo isso? - Ela conseguiu perguntar a muito custo já que sua voz estava terrivelmente falha.
Narcisa vacilou por um instante, parecendo indecisa, mas logo se recompôs como se nada houvesse acontecido. A não tão recente nova Malfoy sabia que poderia estar cometendo um erro, mas por mais que não mantivesse mais contato com seu único primo não deixaria que seu próprio marido, sua irmã e cunhado matasse Amélia. Ela podia imaginar quão arrasado Sirius ficará com a morte do irmão, não poderia deixá-lo assim outra vez.
- Vá em quanto é tempo. - Ela ordenou com pressa, pegando a mão de Amy e estendendo uma chave minúscula sob a palma da morena. - Eles vão matá-la se voltarem e a verem acordada.
Sem mais uma palavra Narcisa se virou e saiu a passos apressados, não querendo ser pega na masmorra da mansão Malfoy conversando com uma prisioneira. A princípio a hipótese de tudo isso ser apenas uma armadilha se passou pela cabeça de Amélia, mas ela já estava ferrada, então não custava tentar. Ela usou a chave que Narcisa deu para abrir a cela, e realmente a loira tinha dado a chave certa. Depois disso Amy subiu as escadas e correu pelo o que pareceu uma eternidade, se esgueirando pelos corredores mais escuros que o normal do que agora percebeu ser uma mansão.
Não havia ninguém no corredor nos primeiros minutos. Amélia ainda estava fraca embora Narcisa tenha curado um dos seus ferimentos, ainda sentia a dor do crucio, se lembrava da dor atravessando seu corpo. Seus ouvidos então me alertam para sons de vozes num corredor próximos, e para não ser pega me escondi atrás de uma estátua renascentista.
- Nós conseguimos pegar uma amiga deles, mas ela não disse muito. - A voz de Bellatrix Lestrange ecoou não muito distante.
- Devemos matá-la, Lord? - Quem fez a pergunta foi Rodolfo, marido da antiga Black.
- Façam o que quiserem, eu descobri onde os Potter estão. - Voldemort respondeu com descaso.
A terceira voz causou um arrepio, um leve tremor, pelo corpo fraco de Amélia. Mesmo assim ela se recusou a sair do seu esconderijo sem antes ouvir toda a conversa sobre o que aparentemente eles estava decidindo sobre seu futuro.
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Querido Acaso - Sirius Black
FanficAmy sempre acreditou no acaso e depois que a Bouvier chegou em Hogwarts Sirius Black começou a acreditar também. E embora tudo indicasse que duas pessoas tão diferentes jamais pudessem ter algo, o acaso poderia provar o contrário.