Hao não saiba o que fazer, a carta que ela deixou não respondia nenhuma de suas questões. Meses passaram sem que uma notícia sobre a ninja surgisse.
Quando o seppuku começava a se torna uma ideia interessante para aquele homem perturbado, a roda do mundo voltou a girar.
Ele tinha começado a trabalhar como guarda-costas de uma casa de jogos e prazeres, próximo da torre principal do feudo do Céu, para ficar perto do último alvo, o último clã que seria atacado. Sem querer chamar atenção, escolheu um típico lugar que ninguém fazia perguntas.
Para o mundo ele estava morto.
Otohime contou que tinha deixado um corpo com suas roupas na noite que lutaram. Por mais bizarro que pareceu para ele, a ninja tinha usado um acido para deformar o rosto do cadáver. Até um enterro ritual digno de quem morreu em luta ele recebeu. Porém como era famoso, não seria de estranhar que algumas pessoas questionassem que ele lembrava tanto um guerreiro falecido.
Raspou o cabelo e começou a usar barba.
Um dia ele foi chamado para tirar um cliente que importunava uma mesa. Já tinha jogado o coitado na rua pela porta dos fundos, quando notou que tinha um papel preso ao cinto.
“Depois de hoje, você sabe onde me encontrar” - O símbolo do clã esquecido não deixava duvida de quem tinha enviado a mensagem. Saiu na rua para tentar encontrar o homem, que já tinha sumido, foi então que uma explosão fez a mensagem ecoar na sua mente. “Depois de hoje”.
De onde estava podia ver a torre em chamas, pedaços caiam junto com homens amadurados.
Correu.
A confusão era pior do que imaginou. Uma sequência de explosões menores tinha derrubado escadas de acesso. Entre os feridos poucos eram as pessoas do povo já que à noite havia um toque de recolher.
- Hum, achou que isso iria me impedir? - Ele canalizou seu ki em toda região das pernas, saltou até um ponto no segundo andar, depois que achou uma base, subiu mais. Era tamanho o uso de energia que as bases quebravam depois do salto. - Você mesma que me ensinou essa técnica, OTOHIIIIIIIIIME!
O nono andar era um inferno, fogo e gritos de dor, guerreiros lutavam e morriam. Diferente do que ele esperava, ela não estava ali, outros cinco homens que eram os invasores. As chamas confundiam a visão e ele não conseguiu ver direito quem eram esses aliados.
- Há outro aqui! - Um homem veio com uma lança em sua direção. Esquivando, Hao deu um encontro no homem que caiu pela janela. Outro gritou - Maldição, agora são seis.
- Não perdoe essa traição. Ataquem os inimigos.
- Pelo Céu! Céu. Céu.
Havia um shugenja por ali, que usou seu poder para diminuir as chamas para facilitar o combate.
Foi então que Hao pode ver que aqueles aliados eram na verdade, vários dele mesmo.
“- A técnica dos clones de origami! Meu visual e até as roupas que eu estou usando hoje.” - Ela tinha vigiado ele naquele mesmo dia. “- Tão perto…”
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Vazio e o Caos
FantasyConto criado para o concurso da Editora Draco "SamuraixNinja", como não fui selecionado, deixo ele para vocês apreciarem e criticarem .