Frágil

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Eles ainda não entendiam realmente o que havia acontecido com Annchi, mas Liu queria questioná-la pessoalmente sobre aquela doença e seus motivos.

A imperatriz ainda se sentia mal, parte de si se culpava pelo mal súbito que a jovem teve, mas outra dizia que a irresponsabilidade era dela por esconder de todos a real situação.

Mei tomou o café da manhã e seguiu para o seu aposento, precisava dormir um pouco.

− Eu preciso ouvir o que ela tem a dizer, mas vocês não precisam ir se não quiserem, não irei demorar. – Liu disse a Kitana e Jade, a morena estava sentindo que toda aquela história ainda não terminaria bem, algo a incomodava, mas ela não comentou nada com ninguém.

− Eu gostaria de ir, eu não disse nada demais ontem, mas quem sabe se eu pedir desculpas ela se acalme um pouco? – A de cabelos negros disse, não gostava daquela sensação de angustia que começava a se instalar no meio do seu peito, mas também não comentou nada.

− Irei para acompanha-los. – A morena informou.

− Tudo bem, eu encontro vocês lá fora. – Ele disse sorrindo e saiu primeiro para o seu aposento.

− Você tem que tomar cuidado. – Jade comentou, a outra apenas a olhou. – Ela pode usar isso, sendo verdade ou não, para deixar vocês dois se sentindo culpados pela condição dela. Sei que não devia falar assim de alguém realmente doente, mas Kitana não dá para confiar. – Séria.

− Eu sei, penso o mesmo que você, por isso pedi para ir também, quero medi-la de perto. E obrigada por me acompanhar. – Sorriu.

− Não é nada, amigas são para isso, vamos trocar de roupa então. – A morena disse mais animada, não queria preocupar a amiga com seus pensamentos. Assim elas saíram do refeitório.

Kitana nem ao menos podia falar para o deus tudo o que houve, contar aquilo agora poderia deixar a jovem em uma situação complicada, ela conversaria com o amado primeiro, para saber o que ele achava, mas estava disposta a contar, pelo menos pela segurança das crianças.


Dessa maneira as duas se arrumaram e se encontraram com o shaolin do lado de fora da academia. Liu chamou um táxi para leva-los até o hospital.

As duas garotas admiraram a estrutura do lugar, afinal aquela dinâmica elas não conheciam, acharam realmente o lugar incrível e pensavam se algo assim funcionaria em casa. Eles se cadastrarão no balcão e receberam plaquinhas de identificação, o jovem explicou que era para segurança de todos ali e assim tomaram o elevador para o andar onde Annchi estava.

− Eu posso ir primeiro? – A imperatriz perguntou de forma simples.

− Claro. – Ele assentiu e ela entrou no quarto, Liu e Jade ficaram sentados em umas cadeiras que haviam ali no corredor, esperando.

Annchi arregalou os olhos quando viu a mulher, sinceramente não a esperava ali.

− Eu nem ao menos sei o que lhe dizer. Peço desculpas pelo meu comportamento, se disse palavras duras a você, não apenas ontem, mas em outras ocasiões. Eu gostaria de conversar, de verdade com você. – Sincera.

− Você já deixou as coisas claras, imperatriz. – Respondeu a olhando.

− Nem tudo. Sei o que vocês podem pensar, que eu era princesa que minha vida era maravilhosa, comparada com o povo sim, havia sempre comida farta na mesa, roupas e produtos caros, comodidades que os outros nem imaginavam.... Mas o imperador sempre foi cruel, sim ele me chamava de filha e me tratava assim, por isso acreditei em sua mentira por tanto tempo. Era tudo na base da agressão e do castigo, eu tive um namorado, contei a Liu sobre ele, namorou eu e Jade ao mesmo tempo. – Explicou, Annchi arregalou os olhos.

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