Um Leve Incomodo

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No shopping o casal caminhava quase despreocupado, Liu entrava nas lojas de interesse de Kitana, lhe explicava as coisas, só queria que ela ficasse bem depois de tudo o que teve que passar, a única coisa que desejava para ela era uma vida feliz e despreocupada, mesmo que não pudessem estar juntos.

− Obrigada pelo dia de hoje, foi realmente bom ver tudo assim. – Ela agradeceu, já estavam no carro voltando para o templo.

− Estou feliz que tenha se divertido, eu também precisava sair. – Ele respondeu sem tirar a atenção da estrada. – Senhorita Jade vai gostar do presente. – Comentou.

− Vai, não é? Ele é uma boa amiga. – Sorriu pensando em como a morena era despreocupada em relação a ficar "só" no templo, fazia de tudo para ela aproveitar o tempo com o amado.

− Sim é sim. – Concordou. – Me deixa tranquilo saber que tem ela para cuidar de você. – Disse, ela sentiu o rosto esquentar.

− Obrigada. – Conseguiu dizer. Sabia que aquele dia devia ser mais, que deviam estar saindo como um casal de verdade, andar de mãos dadas e mais próximos, mas tudo o que ela havia ouvido de Annchi pareceu criar uma parede entre eles e ela sentia vergonha, mas uma vergonha ruim de se aproximar dele.

Liu Kang sentia as coisas da mesma maneira e não queria, mas chegava a sentir raiva de Annchi por isso, eles haviam se divertido tanto no Qixi e agora sentia ela distante de si. E pior, sabia que era tudo sua culpa.


Quando eles chegaram ao templo havia uma pequena mobilização no pátio, a tempestade da noite passada havia avariado alguns pontos do telhado e ele devia ser concertado antes da próxima chuva. Eles estavam organizando tudo para começar a arrumação no dia seguinte.

− E as senhoritas sabem fazer algum tipo de trabalho pesado? – Lao logo questionou as quatro moças, sabia que da parte de Kitana e Jade era realmente boa vontade em ajudar, mas Annchi só queria aparecer e como um cãozinho Mei a seguia.

− Nós não, mas aprendemos rápido, podemos carregar materiais ou ferramentas isso não vai ser problema. – A de cabelos negros respondeu logo.

− Nós só queremos ajudar, não é justo vocês fazerem todo o trabalho. – Annchi disse.

− Muito bem, você e Mei podem ir com minha mãe para cozinha ajudar com os lanches. – Ele sorriu anotando o nome das duas. A de cabelos castanhos suspirou, não era isso que queria, queria ficar perto de Liu.

− Obrigada, faremos o nosso melhor. – Mei disse rápido e obrigou a amiga a se curvar.

− Não se preocupem, ajudaremos com o que pedirem. Não podemos ficar paradas e vai ser divertido, não temos tempo de fazer essas coisas no palácio. – Jade lembrou sorrindo.

− É verdade. – Kitana assentiu.

− Então encontraremos algo com o que possam ajudar, obrigado por se voluntariarem. – Liu agradeceu sorrindo. – Quer ajuda para levar suas coisas a seu quarto? – Ele perguntou a de cabelos negros, ela sabia que não precisava, mas sabia que ele queria acompanha-la.

− Claro, até o jantar. – Despediu-se de forma educada dos outros e os dois seguiram.

Jade saiu um pouco depois, perguntaria a ela como havia sido aquele dia.

− Eu não queria ficar na cozinha. – Annchi disse a Lao.

− E a senhorita sabe se quer martelar um prego? Não, não precisamos de você e Mei caindo do telhado e na melhor das hipóteses indo ao hospital com algo quebrado, pelo menos as duas sabem cair. – Respondeu logo. – E não me perturbe com isso, tenho que terminar essa lista. – Sério.

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