Partida

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As duas mulheres não gostaram nada do olhar de senhora Daiyu. Mas não comentaram.

− O prazer é meu, fico feliz em finalmente vê-la, pensei que fossem.... Diferentes. – Sorriu. Jade quase revirou os olhos, ela também iria acusa-las de serem monstros?

− Ah, não, não. Fisicamente somos iguais os humanos. – Kitana sorriu, ignorou a expressão de superioridade vinda da mulher.

− Percebei. Teremos tempo para conversar é claro, eu sou muito curiosa. Agradeço a vocês por terem ajudado Mei com essa recepção para minha Annchi. – Curvou-se levemente.

− Não foi nada. – A de cabelos negros se apressou em responder, as duas apenas se olharam e se aproximaram mais.

− Obrigada, não imaginei que todos vocês teriam esse trabalho apenas para fazer algo para mim. Eu gostaria de pedir desculpar por ter dado trabalho a todos, principalmente a Mei e Liu Kang. – Annchi curvou-se.

− Não foi nada, arrumamos tudo rapidinho, tia Kung Huán me ajudou a cozinhar e Jade e Kitana me ajudaram a arrumar a decoração. – A jovem de cabelos curtos disse sorrindo.

− Não se esqueça do que o médico disse, nada de se esforçar por enquanto. – Liu disse.

− Obrigada. – Ela sorriu e seus olhos escuros chegavam a brilhar.

Eles foram se servir de comida e se acomodaram pelas cadeiras que haviam ali.

− Não precisava mesmo ter feito tudo isso, você e Jade são muito boas. – O de cabelos negros disse ao se sentar ao lado de Kitana.

− Não foi nada, estava fácil de arrumar. Mei pediu tão afobada, não tinha como dizermos não. – Explicou. Queria perguntar diretamente se ele ainda pajearia Annchi, mas se conteve. – A mãe dela veio para leva-la para casa? – Perguntou simples.

− Ela precisa de recuperar primeiro, mas não ouvi elas falando nada sobre isso. Acho que senhora Daiyu está um pouco desnorteada pelo susto ainda. – Liu explicou.

− Entendi. – Respondeu. – Você está se sentindo culpado, não é? – Questionou sem o olhar.

− Sim. Se eu tivesse falado com ela, todas as palavras de que eu amava você e que estava vindo para passarmos um tempo juntos como um casal de verdade, talvez ela tivesse parado de pensar em bobagens mais cedo. – Suspirou.

− Ela não parou de pensar em bobagens, Liu Kang. – O olhou.

− Kitana, eu conversei com ela, você conversou com ela. Nesse tempo ela não tocou mais nesses assuntos. – Também a olhou. – Você está bem? – Perguntou, observou ela negar.

− Não eu.... Me sinto angustiada, com medo. Isso é horrível. – Reclamou sincera.

− Não precisa ficar, está bem? Annchi é como uma irmã, só isso. Passei esse tempo com ela para me redimir, mas foi só isso, senhora Daiyu está aqui agora e vai poder cuidar dela de forma adequada. – Sorriu a abraçando. A Imperatriz retribuiu com um sorriso, queria acreditar que elas não fariam nada, que tudo ficaria tranquilo, mas ainda temia.

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