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O domingo raiou ensolarado, ensolarado demais para o humor de Eduarda. A garota se levantou, fechou todas as cortinas do quarto para que ficasse totalmente escuro, quando se deitava viu o celular indicar nova mensagem. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
📲9:54 Gabriel: Bom dia, neném. Vamos pra praia comigo? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Com o coração apertado ela desligou o celular e voltou a dormir. Gabriel estava a horas na praia perto da casa de Eduarda, com um olho nas ondas e outro vigiando se ela apareceria. Ja se aproximava a hora do almoço quando desistiu de esperar e foi até a casa dela, tocou a campainha e quem veio atender foi Fernando.
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Fernando: boa tarde Gabriel... pode falar ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Gabriel: a Eduarda está por aí? - Fernando franziu a testa achando estranho ele procurar por sua filha
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Fernando: está sim... dormindo até agora, ela não levantou da cama nem pra comer - Gabriel engoliu seco.
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Gabriel: pode falar pra ela que eu estive aqui? - Fernando assentiu. Conversaram mais alguns minutos depois Gabriel foi pra casa. Imediatamente procurou seu celular e tentou ligar pra Dudu, sem sucesso... o celular estava descarregado ou desligado. Ligou para Caio, que de prontidão atendeu.
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Caio: oi chefe
Gabriel: tudo bem irmão? Tá aonde?
Caio: tô sim, to na casa do Miguel, cola aí
Gabriel: ah, não tô afim... sabe algo da Eduarda? Tô tentando falar com ela hoje o dia todo
Caio: ela deve estar em casa, provavelmente foi fazer algo com o pai dela já que eles não se veem muito durante a semana - riu debochado - relaxa irmão, amanhã vocês se vem
Gabriel: tomara... valeu brother, tchau
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Começar a morar em Maresias tinha sido incrível apesar dos pesares, mas agora tudo parecia demais como antigamente. Basicamente, Eduarda estava fazendo o seu habitual de se fechar para as possibilidades por causa do seu medo de se machucar. Na verdade, para ela não era apenas medo, ela tinha certeza que isso aconteceria cedo ou tarde, talvez por isso continuava a ignorar as ligações de Gabriel, e a não responder suas mensagens a dias.
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Ela despertou de seus pensamentos quando a sirene da escola tocou anunciando o fim de mais uma aula. Já se levantava pra ir embora quando alguém a interceptou.
Augusto: Oi
Eduarda: Oi... Augusto: Eu sento do seu lado na sala - ela nunca tinha prestado atenção nele.
Eduarda: ah, tudo bem?
Augusto: tudo sim - começaram a andar em direção à saída da escola - e aí, porque se mudou no meio do ano?
Eduarda: meu pai mora aqui e tal, vim ficar com ele
Augusto: ah, ele e sua mãe são separados? - ela ficou estática com a pergunta sobre sua mãe - não me leva a mal, é que meus pais também são
Eduarda: não é isso - engoliu seco mas não quis se abrir - esquece - sorriu sem mostrar os dentes. A muitos dias não pensava nela, e se sentiu culpada por deixar sua lembrança escapar.
Eduarda - ouviu alguém chamar seu nome então virou-se para olhar. Era Gabriel.
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Augusto: woooow, Medina! - Augusto olhou admirado para Gabriel, que tentou mas não conseguiu disfarçar o ciúmes que sentiu ao vê-lo conversando com Eduarda e se manteve calado. Ela sentia o peso do seus olhos a fuzilando - eu sou seu fã, cara! Podemos tirar uma foto? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Gabriel: podemos - tirou a foto e se aproximou de Eduarda - vou te levar comigo - ele deu a mão para Dudu e a levou para o carro, deixando Augusto, assim como todas as pessoas que estavam perto de queixo caído.

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