Povs Tim
Fui direto pra minha casa depois de ter saído lá da casa da Rita. Aquela merda de jantar do **** vai ser amanhã, pra falar a verdade eu queria mesmo era que ele se fodesse, mais quem deu a porra da ideia fui eu. E por mais que eu ODIASSE de toda a minha alma, gente na minha casa, dessa vez eu vou ter que engolir.
- Que porra eu não faço por você, Desgraça? - Disse fitando um quadro com uma foto minha e dele no meu escritório quando ainda éramos crianças. Até a puta da Johanne está nele. Bons tempos aqueles.
Ignorei a porra da foto e comecei a checar quando a porra da carga do Mayer vai chegar. Tô louco pra conferir os meus novos bebês.O dia foi uma merda, toda vez a mesma coisa. Só pra começar eu tô fedendo pra caralho de novo, e ainda por cima tô encardido por culpa do fodido do Garrix.
Aquele carro de merda dele quebrou perto da fronteira com a Noruega. E eu, ele e o Skrillex tivemos que ir embora andando já que a desgraça do Tiesto esqueceu de recarregar a internet dos nossos celulares impossibilitando que chamássemos a porra de outro carro.Bando de imprestáveis.
Cheguei fodido em casa. Minhas pernas, minhas costelas e tudo está doendo. Ai que ódio.
Aí vocês me perguntam: "Ain Tim, mais você não é Major da capital da Suécia?" Sou, porra. Mais quem vocês acham que tem que cuidar dessa porcaria de país e mais um monte de coisa? Eu, já que essas desgraças que trabalham comigo não dão conta de matar nem um infeliz. Aí eu que tenho que levantar da porra da minha poltrona e ir fazer tudo pessoalmente.
Fui pro meu quarto, tomei um banho e fui fumar como sempre fazia. Peguei meu celular e nele tinha mensagens do Mendes me avisando que o Lombardi já tinha chegado. Ótimo. Menos um problema pra minha cabeça.
Nem vi mensagem de ninguém, só joguei aquela merda para algum lugar aleatório do meu quarto e continuei a fumar.
Mais e a Maya? Caralho, nem vi ela hoje.
Melhor eu ir dar uma olhada nela, vai que está aprontando alguma coisa.
Peguei a chave e fui pro quarto dela.
Dessa vez estava trancada, então ela estava lá.
Abri a porta e entrei de vagar, podia escutar os sons do suspiros dela. Apaguei o meu cigarro pra ela não sentir o cheiro e fiquei observando ela dormindo. A luz do abajur estava acesa.
- Olha pra você... - Disse baixo enquanto fitava o rostinho dela. - Tão quieta, nem parece que é a razão do meu descontrole.
Como era bonita. Desgraçada. Nunca tinha visto uma garota como ela. A cara era de uma doce e inocente menininha, enquanto a boca era de um traficante de drogas... Como eu. Só que o que nos difere é que eu tenho a boca de um traficante de drogas porque eu sou um mafioso que trafica drogas, agora ela é só uma garota. Aposto que nem viveu a vida direto. Nunca nem saiu da barra da calça do pai dela.
Velho Mayer... Sempre tentando esconder de mim a minha menininha, más nunca conseguiu. E olha agora... Ela cresceu. Cresceu e voltou pra mim.
Pode até ser que seja mal educada, impulsiva e que tire a minha paciência, más é minha... E vai ser educada direto, e dessa vez por mim.
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Filhos do tráfico
RomanceUma história de amor e ódio envolvendo dois casais problemáticos.