O inferno

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Pov's Altor

Há alguns anos na capital de Stockholm, Suécia, nascia um garoto, fruto de um relacionamento entre um chefe mafioso muito poderoso e uma garota de apenas 15 anos pobre e simples.

Largada aos trapos depois de ter engravidado, Anki sofreu os piores momentos de sua vida por causa daquele que ela considerava príncipe. Além de ter sido expulsa de sua casa, teve que sair da escola por não ter mais tempo para estudar.

Questionou várias vezes a hipótese de abortar a criança, mais a verdade foi que ela não teve coragem de fazer isso com alguém que não tinha nada a ver com sua irresponsabilidade de ter ficado com um homem como aquele.

Então a mesma cuidou do bebê em sua barriga nas ruas geladas da maldita capital apenas com o apoio de seu amigo Habner. Alguém que ela decepcionou muito.

***

- Você consegue, Anki! - Dizia Habner enquanto a mesma gritava de dor.

- Aaaaaaah! - Ela urrava alto enquanto fazia muita força.

Não, não dava. O bebê não queria nascer naturalmente, o jeito seria fazer um parto cesariana. Mais como se os dois não tinham condições de pagar um hospital?

Habner teve que cortar a barriga de Anki sem anestésico nenhum. Aquilo quase matou a mesma.

Depois de longos trinta minutos de parto, o choro da criança ecoou pelo pequeno quarto.

- Toma... É um menino. - Diz Habner cortando o cordão umbilical e o entregando para a garota.


- Meu filho... - Anki murmura
emocionada por estar com a criança nos braços.

- O que você vai fazer com ele? - Perguntou o rapaz fitando sua amiga que estava toda boba.

- Como assim o que eu vou fazer com ele? Ele é meu filho, oras... - Responde ela não entendendo.

- Você vai mesmo ficar com essa criança depois do que o Klas te disse? Anki, você mal fez 16 anos.

- Claro que vou, não sou como aquele desgraçado insensível. Não importa a minha idade, esse bebê é meu filho e vou ficar com ele. - A mesma fala certa do que faria.

- Seu eu fosse você, não falaria assim do pai da criança. - Aparece o dito cujo na porta do quarto.

Anki e Habner se assustam.

- O que você está fazendo aqui, maldito? - Perguntou a mesma o fitando enquanto sentia dores horríveis na barriga.

- Eu não vim por você. - Responde ele se aproximando da garota e olhando seu filho nos braços dela. - Vim pelo meu filho.

- Não se aproxima dele! - Diz ela apertando a criança contra seu peito.

- Cala essa boca. - Klas não se importa com o que ela diz e toma o bebê de seus braços.

- Me devolve! - Ela por si começa a chorar. - Ele é meu bebê! Você não tem esse direito!

Klas olha para o menino que chorava em seu colo.

Filhos do tráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora