Capítulo 23

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Juntos Bil e Juliette tinham a sintonia perfeita, ninguém poderia negar. Nem mesmo eles.

Quando deu o horário que havia combinado com Carol, Bil levou Juliette até a casa dela e se despediu com um beijo.

- Você vai mesmo terminar com ela hoje? – Juliette perguntou insegura.

- Vou! – ele disse. – O que eu sinto por você não se compara ao que sinto com ela e nem com mais ninguém! Só não estou pronto para um relacionamento sério. Ainda me sinto um pouco inseguro...

- Em relação ao que eu sinto por você?

- Não! Isso não! Eu só preciso de um tempo para colocar a minha cabeça no lugar... Só isso!

- Eu entendo! – ela suspirou.

Juliette ia sair do carro, mas voltou. Doía a ideia de deixa-lo ir. Tinha a certeza que se beijariam. Quem sabe, até mais que isso.

Não queria aceitar a ideia nem de que se tocassem.

Ficou olhando para Bil e deu um suspiro.

- O que foi, Ju? – perguntou carinhosamente.

- Eu não queria que você fosse vê-la...

- Eu não vou fazer nada demais... Só vou conversar!

- Você promete? – Juliette perguntou insegura.

- Prometo!

Ela sorriu ao ouvir isso dele, por mais que tivesse medo, preferia acreditar na sua palavra.

Deu mais um beijo na tentativa de reforçar a ideia de que ele pertencia a ela e ninguém mais.

Durante todo o caminho, Bil foi pensando na expressão preocupada de Juliette. Em respeito a ela não queria fazer nada que lhe magoasse.

Já havia se decepcionado algumas vezes com as suas atitudes, contudo, agora havia percebido uma mudança. Ela parecia estar sendo sincera em suas palavras e no desejo de querê-lo por perto.

Apesar de estar certo sobre as suas escolhas e lembrar-se da promessa que acabara de fazer a Juliette, não conseguiu evitar um beijo em Carol.

Assim que ele abriu a porta, foi surpreendido por um beijo quente da mulher em sua frente. Ele tentou se afastar, porém, segurando em sua nuca, ela o impediu – fazendo com que ele continuasse o beijo até que ela decidisse parar.

Bil não tinha ânimo nenhum de corresponder ao beijo. A cada toque de língua de Carol, ele se lembrava do olhar inseguro de Juliette mirando para ele naquele carro.

Sentia como se tivesse lhe traindo.

- Carol...- tentou afastar seu rosto, indo com a cabeça para trás, porém a tentativa mais uma vez foi em vão.

Segurou a cintura dela e afastou com delicadeza.

Ela ficou beijando o rosto de Bil, com os braços em volta de seu pescoço.

- O que foi meu amor? Deixa eu matar essa saudade que eu estou de você... – dizia em meio aos beijos.

- A gente precisa conversar.

Como se tivesse tomado um choque, Carol olhou para ele, entrando a sua entonação.

- Conversar? O que houve? Você está bem?

- Estou... Mas precisamos conversar!

Ela se soltou e fechou porta. Questionando o que havia acontecido, caminhou com Bil até a sala. Ele permaneceu em silêncio, refletindo quais seriam as melhores palavras para serem usadas.

Será que é amor?  (Sarolffo & Biliette)Onde histórias criam vida. Descubra agora