Epílogo

327 27 11
                                    


- ESSAS CRIANÇAS NÃO DEIXAM EM PAZ!!!!

Sarah e Juliette, que estavam terminando a decoração de natal na sala, se olharam e riram uma para outra ao ouvir o grito de Antônia vindo do quarto, em meio a risos e brincadeiras de todas as crianças que haviam invadido o seu quarto.

- Eis que já temos a nossa adolescente aparecendo! - Juliette disse.

- Pré-adolescente! – Sarah soltou um riso preso. – Por favor! Até ontem a Antônia era um bebê que me deixava perdida sem saber como ser mãe... Eu me recuso a aceitar que ela esteja chegando na adolescência.

- Ela vai fazer onze anos! – Juliette disse. – Mas do jeito que ela é madura, tomo a liberdade de dizer que ela já é adolescente faz muito tempo.

- Ai não... – Sarah colocou a mão na testa e movimentou a cabeça em sinal negativo.

Elas largaram o que estavam fazendo e caminharam para o quarto, porém, no caminho foram atropeladas pelo "furacão de crianças" que passavam.

Todas rindo e falando juntas.

- Hey, hey mocinhos! Devagar! – Sarah sorriu e se abaixou para ficar na altura deles.

Ali estavam Bernardo e Benjamin, com 5 anos de idade. Aurora, filha de Juliette e Bil, com 4 anos e os gêmeos Lucca e Luna, com 2 anos de idade, filhos se Sarah e Rodolffo.

Benjamin, o mais comunicativo de todos, foi o primeiro a falar.

- A Antônia expulsou a gente do quarto! – disse com a expressão fechada e cruzando os braços. – Aquela chata! – disse entre os dentes.

- Filho! - Juliette o repreendeu. – Não fale assim da Toninha! Ela está nervosa porque está se arrumando.

- Ela não quer brincar com a gente! – Bernardo disse tristemente. Ele gostava da irmã e a admirava muito.

Todas as crianças sempre foram muito unidas, pois Juliette, Bil, Rodolffo e Sarah incentivavam muito essa amizade. No entanto, desde o último mês, Antônia vinha apresentando comportamentos diferentes: às vezes ficava nervosa demais, não queria brincar com as crianças, perdia a paciência facilmente e já tinha até respondido os pais com grosseria – coisa que ela nunca fazia.

- O que está acontecendo? – Rodolffo apareceu no corredor onde todos estavam e Sarah sorriu. Ele continuava lindo como sempre. Ainda que algumas marcas de expressão já estivessem em seu rosto, ele estava do mesmo jeito.

- Oi, amor! – ela o olhou com o avental. Ele e Bil haviam se encarregado de preparar a ceia de Natal. – Como está o jantar?

- Quase pronto! – ele disse. – Já terminei a minha parte! Bil só está finalizando a sobremesa!

- Vai ficar uma delícia! - Juliette disse. – Eu tenho certeza.

As crianças continuavam agitadas e Sarah então se levantou.

- Já que terminou, pode ficar um pouco com as crianças? Quero falar com a Antônia!

- Claro! – Rodolffo respondeu, tirando o avental e pegando Luna no colo. - Quem quer jogar futebol?

- Eu! – todos responderam em uníssono.

- Então, vamos! – Rodolffo disse, dando um beijo em Luna e colocando-a novamente no chão.

As crianças saíram todas correndo em direção ao quintal enquanto Rodolffo as acompanhou.

- Vamos lá ver a Toninha! - Juliette disse.

Será que é amor?  (Sarolffo & Biliette)Onde histórias criam vida. Descubra agora