Retorno

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*Queridos leitores, quero começar me redimindo por ficar longe de vocês por tanto tempo, tive vários contratempos pessoais e fiquei um pouco desmotivada para escrever algo animador. Mas agora estou de volta e prometo que não vou mais abandoná-los.*

Hana

*Lembrança on*

Mesmo com seu corpo totalmente destruido, cortes em todos lugares imaginaveis de seu rosto e pescoço, Hana conseguiu carregá-la com segurança até o mais próximo possível do hospital. As pernas que vez ou outra vacilavam, agora haviam ganhado um grande estímulo para se fortificarem, a vida da pessoa mais importante no mundo para Yohana. Os braços pediam socorro, tudo queimava por dentro, cada músculo, era árduo e doloroso tentar respirar fundo. Como aquilo puderá acontecer? A cerca de 25 min atrás tudo estava tão tranquilo, tão em paz, aquele momento com certeza merecia ser eternizado se não fosse seguido de uma catástrofe.

Fica comigo amor, pelo amor de Deus Luna, não posso perde você. Dizia Yohana repetidas vezes enquanto sacudia e carregava aquele corpo gélido, sem vida. As lágrimas rolavam sobre sua face sem pedir nenhum tipo de consentimento, incessantemente, entre soluços ela chorava, as únicas palavras que passavam pela sua mente era "Por quê?"

Ao chegar em frente a emergência as últimas palavras de Hana antes de desmaiar foram: "Salva minha garota"

*Lembrança off*

Marina

Acordo de madrugada com Yohana suando e sua respiração extremamente ofegante, os cabelos grudados na testa e os lábios tremendo, esfrego meus olhos rapidamente e num impulso institivo sacudo o corpo da garota ao meu lado.

- AMOR

Hana arregala os olhos institivamente, como se estivesse saindo de um pesadelo horrendo, sua primeira reação e me abraçar fortemente, como uma criança fugindo depois de ter sofrido bullying na escola. Seus braços me apertam mais do que o normal e me deixam por um momento sem ar, ela com certeza não mediu a intensidade dessa vez

- Ela se foi, por que eu não fiquei acordada?

Foram as únicas que dissera, acho que nunca presenciei Hana tão alterada, sua respiração estava desregular, ela chorava como criança, soluçando, com as mãos tampando seu rosto delicado. Ela parecia estar em algum tipo de crise de ansiedade, mas não me deixou sair dali.Depois de alguns minutos tudo foi se normalizando.

Yago

Decidir voltar para casa te trás lembranças, algumas que você até se esforçou pra não lembrar, mas outras que te fazem questionar o porque de sua partida. Com o passar dos anos fui amadurecendo e hoje não sou só um moleque que fazia de tudo para chamar a atenção de seu pai arrogante, digamos que sou um idealista que sonha com a paz, só confio em mim, pouco me importo com a opinião dos outros e tenho uma tendência egoísta que prefiro deixar oculta.

Enfim, estou de volta. Para muitos minha volta é uma incógnita, para mim uma oportunidade.

Acordo com um brutamontes chamado Jack posicionado aos pés da minha cama, minha primeira reação é pular e a segunda e coçar os olhos lentamente, não sei o que aconteceu na noite anterior, mas meus lençóis estão totalmente bagunçados com um cheiro intenso de whisky, levanto ainda cambaleando e mando Jack dar o fora, o capataz por sua vez me desobedece e insiste em ser insolente. Acho que as vezes ele esquece quem é que paga o seu salário.

- Yago, você precisa tomar um banho e se arrumar, seu pai esta esperando pela sua chegada e não vai gostar se você se atrasar.

Uma gargalhada rouca sai de meus lábios incontrolavelmente, levanto vagarosamente e caminho em direção ao meu banheiro.

- Acho que você esqueceu de uma coisinha Jack, há muito tempo deixei de me importar com que Henry gosta ou deixa de gostar

Passo cerca de 40 minutos no chuveiro, tomo um banho bem relaxante e bastante demorado. Saio do box com uma toalha branca enrolada na minha cintura e outra em minha mão tendo como função secar meus cabelos, ando até meu closet, coloco uma cueca box preta e uma calça jeans da mesma tonalidade, visto uma regata branca e uma jaqueta bege, calço um tênis branco social e coloco meu cordao, junto com meus anéis.

Deixo meu cabelo bagunçado e ao sair do meu closet dou de cara com Jack

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Deixo meu cabelo bagunçado e ao sair do meu closet dou de cara com Jack. Tenho certeza que a noite anterior foi bem louca, levando em conta a dor de cabeça irritante e o cansaço excessivo que estou sentindo

- O jatinho já está pronto? Pergunto enquanto abro minha carteira pegando um cigarro, coloco-o sob meus lábios e o ascendo

- Já sim, trouxe seu remédio pra ressaca e um suco.

Pego o suco rapidamente e tomo o remédio que Jack me dá, não gosto de admitir, mas ele é o único em que confio.

- Obrigado Jack, agora vamos porque como você sabe, não gosto de desagradar o velho. Dou uma risada baixa e caminho rapidamente em direção ao jardim, no caminho pergunto um funcionário se minha mala já está no Jato, ele assente.

Entro na aeronave de pequeno porte e apago meu cigarro, sento em uma das poltronas, peço meu notebook a outro segurança e ele me entrega o aparelho imediatamente, Jack se encontra sentado em uma poltrona na minha frente, informo a todos que já podemos ir. Entro em uma videoconferência com minha equipe administrativa, me certifico de como estou deixando meus negocios e aviso que irei acompanhar tudo, mesmo de longe e que quero ser avisado de absolutamente todos os passos futuros. Ao terminar a reunião por videochamada peço uma garrafa de conhaque e a aeromoça prontamente faz o que peço, me sirvo seis doses de conhaque e acabo com todo liquido presente no copo em uma golada apenas.

Na minha perspectiva, ressaca só é curada com bebida.

Um dia, três outonos. Onde histórias criam vida. Descubra agora