Reconciliação 2

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Hana

Algumas semanas tinham se passado desde o incidente na antiga casa de Marina, tudo estava correndo muito bem, nós estávamos começando a aceitar o fato de que Sky praticamente estava morando com nós três, antes ficávamos ignorando, até que no dia que decidimos ir ao mercado fazer compras para dentro de casa, Sky foi junto e também comprou uma série de coisas lá pro nosso cantinho. Eu e Gabi estávamos nos dando muito bem no futebol, conseguimos vencer as quartas de finais contra um time bem nervosinho, o engraçado é que a menina que me marcava toda hora se aproveitava e tentava passar a mão em mim, não, essa não foi a parte engraçada, a parte engraçada foi quando Marina invadiu o campo e deu na cara dela, deu maior confusão e ela ficou um tempo sem poder me ver jogar, o técnico proibiu, depois conseguimos convencer ele, graças a Deus, porque é entediante jogar sem ter minha loira como motivação.
Mamãe nos visita sempre que pode, a primeira visita que ela fez foi um dia depois de Marina voltar do hospital, ela estava super preocupada com nós três, mas com Travis, Charles e mais alguns homens fazendo nossa segurança ela ficou mais tranquila. Papai parece ter me esquecido mesmo, o que é bastante triste, confesso, nós sempre fomos tão agarrados e ver ele agir daquela forma comigo me machucou.

Marina

Eram 04:00 hrs da manhã quando acordei, não senti o braço de Hana me apertando e me protegendo, chamei por ela, mas pelo visto ela não estava no banheiro também.
Sai da cama as pressas e desci as escadas um pouco preocupada, ao chegar na sala de estar escutei um barulho na cozinha, andei até a cozinha e me deparei com uma morena debruçada na pia, de costas pra mim e com um copo de água na mão, ela estava suando e parecia estar bastante chateada, não foi preciso que eu dissesse nada, ela já tinha notado minha presença.

- sobe amor, eu já tô indo. Sua voz soava firme

- o que tá acontecendo? Me aproximei devagar e acariciei seus braços, que por sinal estavam totalmente tensionados.

- não quero conversar agora, por favor. Ela se manteve de costas pra mim.

- olha pra mim, por favor. Depois de alguns minutos ela finalmente se virou e olhou nos meus olhos, seus olhos estavam marejados e envolta das suas íris tinha uma vermelhidão desconhecida por mim. - o que aconteceu?

- sonhei com meu pai, tô morrendo de saudades dele. A única coisa que pude fazer no momento foi abraçá-la, Hana estava destruída e não havia nada que eu pudesse fazer, se eu tivesse algum poder transferiria toda aquela dor pra mim.
Seus braços estavam envoltos a minha cintura, seu rosto estava caído sobre meu ombro e suas lágrimas estavam molhando meu braço. Depois de longos minutos dentro daquele abraço Hana desfez o mesmo e se afastou um pouco.

- não queria que você me visse assim.

- Hana, estamos juntas pra tudo, na alegria e na tristeza, mesmo que não tenhamos feito esses votos ainda, eu vou estar com você em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins, eu amo você por completo. Segurei no rosto dela e acariciei o mesmo com delicadeza.

- eu tenho tanta sorte de ter você, sabia? Ela segurou na minha cintura e encostou sua testa na minha, suspiramos juntas e selamos nossos lábios.

Depois desse episódio subimos para o quarto e dormimos a noite toda, eu completamente aninhada nos braços de Hana e ela completamente relaxada.

Hana

Essa noite não foi tão boa, acabei tendo um sonho com meu pai e acordando no meio da madrugada, sinto tanta falta dele, das nossas conversas, do jeito como ele me abraçava, queria tanto contar pra ele como andam as coisas, mas eu jamais abriria mão do meu orgulho e iria atrás dele.

Quando acordei Marina não estava mais na cama, então levantei e fui direto para o banheiro, quando adentrei no mesmo vi que Marina estava tomando banho e cantando, a música estava alta, por isso ela não notou quando tirei minha roupa e entrei no box.
Segurei seus cabelos e enrolei os mesmos em minha mão direita, puxei pra trás e agarrei sua cintura com a outra mão, nossos corpos se colaram imediatamente e ela suspirou. Quando a loira virou pra mim juro ter visto uma pequena faísca em seus olhos, lhe encostei na parede e levantei sua perna na altura da minha cintura.

Um dia, três outonos. Onde histórias criam vida. Descubra agora