Yohana
Acordei por volta das 06:00 hrs, foi só ai que percebi que estava na sala de filme do meu quarto, dei um pulo quando vi rosa e sai correndo para o meu banheiro, já prevendo que os dias não seria o dos melhores, pois hoje eu ia pra faculdade acompanhada de segurança e motorista, não que eu não gostasse deles, eu amo Charles e Travis, não necessariamente nessa ordem, mas amo.
Depois do banho, andei até meu closet e coloquei uma roupa mais bonitinha, queria ficar apresentável para Marina, prendi meu cabelo em um coque frouxo e coloquei meu tênis.
Fui direto até a mesa de café da manhã farta que estava na sala de almoço, pensei que iria poder pegar só uma fruta, comer e ir embora, mas para o meu azar, meus pais ainda estavam em casa, então tive de sentar e me empanturrar de comida, mas antes tratei de me dirigir até a cozinha e pegar o brownie de Marina. Quando deu 07:30 Charles apareceu na cozinha, avisando que o carro já estava pronto e que Travis já estava a minha espera, dei um beijo em minha mãe e um abraço no meu velho. Diferente de outros pais, eles apoiavam minha homossexualidade e me compreendem, eles me aceitaram de boa, o oposto do que eu pensei que seria.Assim que cheguei perto do carro, Travis abriu a porta de trás pra mim, agradeci e entrei, fomos conversando a trajetória inteira sobre música, eu insistia que violão dedilhado era muito melhor, porque você poderia fazer várias notas e eles insistiam que o violão tradicional era melhor, porque não precisa gravar tantas notas.
Chegando na faculdade, Travis saiu do carro e abriu a porta pra eu sair, sai e tive que comentar.
-Não precisava fazer isso. Falei com muita vergonha, pois Marina tinha vista aquela cena.
-Eu sempre fiz isso Hana, tenha uma boa aula, eu volto para lhe buscar. ele entrou no carro e foi embora.
Marina já estava entrando, mas consegui alcança-lá, puxei sua mão e dei um sorriso quando ela me olhou.
Marina
Quando cheguei em casa na noite anterior, pintou um clima entre Yohana e eu, fiquei pensando naquilo durante a noite inteira. De manhã, fui correndo para escola na esperança de vê-la novamente, quando cheguei, vi um carro preto, bem luxuoso parado em frente a faculdade, um homem louro, alto e muito forte saiu, abriu a porta de trás e lá estava ela, toda linda, mesmo não se arrumando, ela ficava linda de qualquer jeito, eu queria esperar ela, mas decidi entrar.
Já estava entrando no portão quando senti minha pele queimar com apenas um toque... aquele toque. Olhei para ela e vi aquele sorriso maravilhoso, não resisti e a abracei, bem forte.
-Hey pequena, isso tudo é saudade? Sussurrou Yohana com as mãos apoiadas em minha cintura.
-É, pensei em você a noite toda. Murmurei e envolvi mais o seu pescoço em minhas mãos.
-Eu também, trouxe seu brownie. Ela corou e aproximou nossos lábios, deixei que ela fizesse isso, eu também queria, que mal tinha?
Foi quando Camille se aproximou e Hana desfez o abraço, mas segurou na minha mão e entrelaçou nossos dedos, dei um sorriso e apertei sua mão.
-Oi Hana, vi que seu motorista e seu segurança lhe trouxeram hoje, o que aconteceu? Sua família corre perigo? Camille falou.
-Não Camille, minha família não corre perigo algum, mas me admira muito o seu interesse nesse assunto. Provocou Yohana
Camille foi bufando pra sala e Yohana me conduziu pra lá, quando chegamos, sentamos no mesmo lugar, meus amigos já estavam lá e eu apresentei ela a todos eles, ela era tão engraçada e alegre, conversava sobre tudo, principalmente sobre músicas. Foi quando Chris perguntou.
-Você toca alguma coisa? Perguntou Christian.
-Toco violão, dedilhado e tradicional, sou DJ, ando compondo algumas músicas, comecei ontem. Ela sorriu e piscou para mim. Toco bateria também.
-Nossa, por que eu nunca te vi em nenhum show de talentos?. Brincou Scarlet e todos gargalharam, inclusive Hana, enquanto eu saboreava meu delicioso brownie de chocolate
Yohana
O dia na faculdade passou voando e na hora da saída parei Marina e perguntei-lhe.
-Posso te levar a um lugar? Sorri.
-Pode, mas não vai se acostumando, sou difícil. Respondeu Marina.
Sorri e segurei em sua mão, Travis estava do lado do carro me esperando, cheguei perto dele, apresentei Marina pra ele e informei que iríamos em outro lugar. Marina entrou no carro comigo e fomos brincando o caminho inteiro, quando chegamos, sai do carro e abri a porta para ela sair, dei uma piscadela para Travis, avisando que queria ficar sozinha com ela. Andamos mais um pouco, tampei seus olhos e fui guiando ela, quando chegou tirei minha mão dos seus olhos e deixei ela ver o lugar maravilhoso.
-Queria te dizer que você foi a melhor coisa que me aconteceu esse ano. Adorei te conhecer.
Corei.-Hana... Respondeu ela
-É sério, muito obrigada por estar me aturando.
-Eu não estou te aturando, adoro sua companhia. Ela murmurou
A abracei e ficamos lá, conversando sobre a vida, brincando e contando histórias épicas que vivemos. Me divertir tanto naquele dia, ri de chorar e da barriga ficar doendo. Agora eu tinha certeza, Marina me fazia feliz.
Depois de tudo a levei com Travis até sua casa e depois nós nos encaminhamos direto para a minha casa, logo quando os portões se abriram vi mamãe parada perto do jardim, estava refletindo sobre algo. Vi Travis parar o carro e abri a porta logo em seguida, sai do mesmo e fui em direção a minha mãe, sentei ao seu lado no banco e olhei para o mesmo lugar onde seu olhar pendia.-Eu posso matar. Dei início a uma conversa.
-Como assim Hana? Mamãe me olhou assustada.
-Eu posso matar qualquer pessoa que ousar lhe deixar tristonha. Olhei em seus olhos e acariciei seu rosto.
-Hana, você é tudo para mim, mas tem problemas sérios acontecendo, os quais eu não posso compartilhar com você. Ela me fez um carinho na bochecha e se encaminhou para a entrada de nossa casa, já adentrando na mesma sem muita cerimônia.
Logo após mamãe entrar decidi que era minha hora, adentrei em casa e me encaminhei até meu quarto, tomei um banho bem relaxante e sai do mesmo apenas de toalha, já no meu closet peguei um pijama e um conjunto de calcinha e sutiã qualquer, vesti e me joguei na cama, o sono que sempre foi meu amigo não demorou muito para vir e eu apaguei.
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Um dia, três outonos.
RomanceYohana, uma garota corajosa e acima de tudo leal, nunca havia conseguido se apegar a nada e nem a ninguém, sempre tratou suas "conexões" com uma certa promiscuidade, depois de um episódio conturbado sua indisponibilidade para o amor era evidente. Ma...