A Aposta

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Snape já tinha tentado de tudo, os supressores não funcionam, nem os contraceptivos, seu Ômega falava e pedia desesperado pela marca.

Severus sempre desprezo seu Ômega, ele o odiava. Tudo bem, ele lhe deu Audrey e Ethel, mas a sensação de ser um escravo era horrível.

Ele se lembra perfeitamente como foi horrível a concepção de Audrey, isso porque o Lord exigiu dele aquilo, enquanto ainda estava consciente.

Sirva seu mestre, e lhe dê um filhote para ser meu herdeiro. Um garoto muito poderoso, meu e seu.

Foi tão degradante, ele teve que fazer, não tinha escolha. Ele tirou seus supressores e passou a lhe tratar exatamente como Ômegas eram tratados. Severo foi humilhado e subjugado na frente de todos os comensais.

O lorde queria que seus seguidores soubessem quem iria carregar seu herdeiro. Até coleira, Severo foi obrigado a usar.

Na hora de servir seu mestre, ele escolheu um horário em que o cio começou, o pior é ter que ser submisso enquanto a onda de calor não tinha começado. Todos sabiam o que estavam fazendo, o Lord tinha feito questão de comunicar que iriam fazer um herdeiro.

Ele via como os outros o olhavam, como se fosse uma piada. Faziam comentários maldosos sobre Severo ser a prostituta do Lord.

O jovem segurava os lençóis com toda sua força. Voldemort metia com tanta violência que as lágrimas de dor escorriam. Ele sentiu o líquido asqueroso de Voldemort dentro dele.

Severo soube que tinha engravidado naquele momento, e não tinha nada que pudesse fazer.

Ele foi até Dumbledore depois daquilo, perguntou o que podia fazer, então o mais velho teve a ideia de falsificar um laudo que dizia que Severo era infértil, incapaz de conceber uma criança. E sugeriu o que o garoto de 20 anos abortasse o bebê para que o Lord não descobrisse.

Severo foi, mas quando estava sentado na máquina pensou em um lindo bebê, ele sempre quis um bebê e sabia que nunca teria alguém que o daria. Aquele provavelmente seria o único filho que teria. Então quando viu, estava escondido na casa de Dumbledore, esperando o filho de Voldemort.

O dia em que segurou aquele pequeno embrulho, que continha uma linda menina, foi o dia mais feliz de sua vida. Ele resolveu a chamar de Audrey, e ela manteve uma parte dele viva.

Agora, seu cio se aproximava e Dumbledore via o homem tentando manter o controle, mas ele sabia que não duraria enquanto não recebesse a marca, e se até o final do cio Severo não tivesse um Alpha, ele enlouqueceria.

Alvo estava sentado em seu gabinete com o melhor Alpha que ele já conheceu e ele teve que ser bem persuasivo para convencer o homem a sua frente.

- Ele sabe que sou eu quem vai fazer isso? - Perguntou Remus Lupin.

- Não, mas ele terá que fazer. Nem eu conseguirei protege-lo disso.

Quando chegaram à porta dos aposentos do professor, Dumbledore olhou para Lupin, que tentava manter a calma. Ele já havia passado um cio com Severo, no período que teve que abandonar os supressores, mas isso era diferente, agora ele teria um relacionamento com Snape.

- Bom, o senhor vai ter que entrar sozinho. - Dumbledore falou. - Sabe, eu sou um Alpha.

- Entendo. - Lupin respirou fundo e entrou.

Severo estava sentado no sofá, com calça de pijama e uma camiseta larga. Quando viu Remo, o homem pulou do sofá e se afastou.

- Não... você não. - Ele falou. - Eu aceito qualquer outro destino... eu prefiro a morte.

A Maldição De Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora