Capítulo 67

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Menor 🍁

Eu tava pilhado pra caralho com esse bagulho do Pistola vivo. Óbvio que não acreditei que ele tinha morrido, mas não achei que ia ressuscitar assim do nada, nos causando problemas até com os vermes.

Tito tinha mandado o papo que os mano do ES sabia de porra nenhuma do Pistola, mas tavam ligados o que ele tinha aprontado junto com o Carlos e ia ajudar a gente a achar ele.

No fim, aquela gravação tava com data errada. Tinha sido mês passado e agora eles não estavam mais no RS. Tanto suspense pra nada.

O foda é que agora tinha nossas crianças no meio agora e esses vermes vão fazer de tudo pra pacificar, novamente, o nosso morro.

Ana: Me diz que isso não passa de um pesadelo. - entrou no quarto com a Íris e o Alan.

Menor: Também queria que fosse. - peguei a Íris do colo dela.

Na moral, eu quase fiquei desidratado de tanto chorar quando a médica disse que seria uma menina. Porra caralho, foi tão foda.

Íris é a cara da Ana, ou seja, linda pra carai. Já o Alan é bem parecido comigo nos bagulho tudo. Acho que deve ser de convivência, ele me ver fazendo as paradas e quer fazer também.

Íris: Papa, papa. - apertou minha bochecha e riu.

Ana: Esse pessoal é um grande atraso de vida! - se sentou na cama.

Menor: Nem me fale. - bufei. - Mas vamos da um jeito nisso.

Alan: Papai. - olhei pra ele. - O que foi que aconteceu?

Menor: Nada não, pivete.

Alan: Então, por que não podemos ir pra casa?

Menor: Não gosta daqui? - perguntei, tentando desviar um pouco do assunto.

Ele deu de ombros se sentando no meu colo.

Alan: Tanto faz pra mim.

Ana: Vamos brincar, meu amor? Eu, você, o papai e a Íris?

Alan: Só se for uno. - ri.

Não sei onde esse moleque aprendeu tão bem a jogar uno, mas já perdi dinheiro umas mil vezes pra ele.

Ana: Uno, então! - falou pegando o baralho.

Nos sentamos no chão, e começamos a jogar. Ficamos um bom tempo, até que me cansei de perder pro meu filho de quatro anos e desci para ver como as coisas estavam.

Menor: Novidades? - perguntei ao BN.

BN: Não, nenhuma. - me sentei ao lado dele. - O Tito quer que a gente vá o mais rápido possível pro morro, se pudesse ainda hoje.

RK: Eu não vou. - encarei ele.

Menor: Porque não?

RK: Não vou deixar minha mulher sozinha aqui passando mal.

Menor: E você acha que eu quero largar minha mulher e meus pivetes aqui? É claro que não, mas não temos outra escolha. Infelizmente, é as consequências dessa vida que escolhemos. - ele bufou.

RK: Alguém vai ter que ficar aqui fazendo a segurança deles, de qualquer jeito mesmo.

Menor: Olha o tanto de cara lá fora, tu acha mermo que o Tito vai deixar tu ficar aqui ao invés de ir com a gente pro morro pra nos ajudar?

RK: Sim, acho! - aumentou o tom de voz.

Menor: Liga pá ele então e fala teu desejo, cria. - aumentei o tom também.

O Dono do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora