Capítulo 60

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Tito 🔫

Não conseguia pregar meu olho a dias. Tava tudo tão sem graça sem a Luara e Alyssa comigo. Sem elas só meu lado, me sinto incompleto.

E saber o que elas estão passando me dói muito. Eu deveria ter agido com mais rapidez, mas não dava. Pra que tudo desse certo, precisava de tempo.

Quando fechei meus olhos, momentos meus e da ruiva vieram a tona, fazendo com que eu me sentisse péssimo por tudo isso.

........

Luara: Porque se importa tanto com a gente?

Tito: Não me importo. Só que vocês estão sob minha proteção, e não vou deixar nada acontecer com nenhuma das três.

Luara: Tudo bem. Você é quem manda.

Ficamos alguns minutos em silêncio, até que ela se levantou, por impulso me levantei também a puxando para mim.

Tito: Você pode ir. - sussurrei. - Mas quero algo em troca.

Luara: O que? - perguntou com a respiração acelerada.

Tito: Você. - a beijei.

........

Muito antes desse dia, eu tinha certeza que não conseguiria mais viver sem a Luara. Uma coisa de dentro de mim dizia, gritava que só seria feliz com ela.

.........

Tito: Dei ordem pra ninguém chegar perto de você.

Luara: A é? - assenti. - Porque?

Tito: Tu é minha, ruiva. Minha e de mais ninguém.

Luara: Sua? - riu. - Não mesmo!

Tito: Vamos ver se depois de hoje, tu não vai voltar rastejando pra me ter dentro de você novamente.

Luara: Se isso acontecer, me mata?

Tito: Mato... mato de prazer. - a beijei com intensidade.

.......

Tito: Eu sei.... entendo teu medo. Essa vida que eu vivo também é ruim pra mim. Mas eu tô disposto a lutar, com quem for, pra manter você segura. Não vou deixar que ninguém chegue perto de você, nem das meninas. Porra Lua, eu te amo. - encostei minha testa na dela. - Fica comigo. - pedi.

Luara: Fico. - me beijou.

Tito: É sério? - perguntei entre o beijo.

Luara: Sim, sim!

Tito: Porra, achei que ia dizer não.

Luara: Eu te amo.

Tito: Eu te amo, ruiva. - voltamos a nos beijar.

........

Limpei as lágrimas que insistiam em cair.

Luara é a mulher da minha vida, e não conseguia mais enxergar um futuro sem ela e a Aly. Eu vou lutar e ganhar essa guerra pelas as duas!

••••

Me levantei na força do ódio. Hoje, finalmente, iria acabar com essa porra toda!

Chega de enrolação, o bagulho agora é de vida ou morte e é questão de honra também.

De onde meu coroa estiver, não vou decepcionar ele hoje. Vou fazer exatamente aquilo que ele sempre me ensinou, lutar pelo que é meu.

Tinha uma coisa que estava me deixando intrigado e também não saia da minha cabeça, era o bagulho da mulher do Adam. Como que ela sobreviveu? Eu fui no enterro dela, a vi no caixão e a véia tá viva? Porra, que macumba foi essa?

Minha ruiva deve tá malzona por causa desse bagulho. Também não é pra menos, é a mãe dela.

Passei o dia inteiro revisando como seria a invasão. Touro me ajudou bastante passando a visão para os vapores junto comigo.

Quando escureceu fomos descansar um pouco. A gente tinha que tá com a energia no topo pra vencer o combate.

•••••

Olhei a hora no relógio, que marcava meia noite. Estava na hora de irmos nos posicionar.

Tito: Tudo pronto? - perguntei ao Touro, que assentiu. - Ótimo! Isso não pode da errado.

Touro: E não vai. Passamos o dia todo revendo os bagulhos, pô. Não tem como da errado.

Tito: Espero que esteja certo. - suspirei, carregando minha arma. - Vamos lá, caralho! E, por favor, não morram.

Menor: Vamos tentar.

RK: Se tu morrer, tá ligado que a Ana vai te buscar no inferno, né? - ele riu.

Menor: Tô ciente disso, já que foi a coisa que ela mais me disse esse final de semana.

BN: Na moral, tem como a gente ir logo? Não quero que seja tarde demais.

Tito: Ele tá certo, já tá na hora da gente meter o pé. - falei. - Bora lá, entrem nos carros e se posicionem nas entradas da casa. Quero todo mundo atento, sem nenhum erro, entenderam?

- Sim! - responderam em uníssono.

Fiz o sinal da cruz, entrando no carro. RK ligou o carro e saiu. Chegamos perto da mata, onde se localizava a casa do Carlos e saímos do carro.

Tínhamos separado os vapores em grupo. No meu tava Touro, BN, Ptk e mais dois vapores do Touro. Fomos andando até a entrada lateral de uma passagem secreta.

Ptk abriu a porta, e nós entramos. Acendemos as lanternas porque estava escuro. Fomos caminhado por um corredor, até finalmente, entramos na casa.

Tava um silêncio do caralho, não dava pra se ouvir nada além das nossas respirações. Ouvimos uma porta rangendo e apontamos as armas na direção. Abaixamos quando vimos que era o grupo que o Menor tava.

BN: Que susto! - falou.

Menor: Pra onde vão?

Tito: Pra cima, no quarto onde a Lua está. Vocês vão em direção ao porão.

BN: Vou com eles. Quero ver a Lara.

Tito: Tudo bem. Só tomem cuidado, não pode.... - parei de falar assim que a luz foi acessa.

Alguém bateu palmas e olhei pro topo da escada.

Ela tava lá.

Minha mulher tava ao lado do arrombado do Carlos, com os pulsos amarrados e com cara de cansada.

Tinha ematomas por todo seu corpo. Ela estava um pouco mais magra e chorava compulsivamente.

Travei meu maxilar após o Mathias aparecer com a Alyssa no colo e passar o braço pelo pescoço da minha ruiva.

Carlos: Estou surpreso e decepcionado que seus aliados tenham sobrevivido as invasões.

Touro: Somos duros na queda! - falou.

Carlos: Percebi. - desceu um degrau. - Vocês devem está se achando muito espertos, e admito que foi uma jogada e tanto colocar dois infiltrados aqui. Pena que sou muito mais inteligente. - sorriu convencido. - Você não vai conseguir tirar a minha filha e a minha neta de perto de mim. - falou olhando pra mim. - A não ser se fizermos um acordo.

Tito: Que tipo de acordo? - perguntei.

Carlos: Devolva a Rocinha pro Pistola e passe para mim o comando do Alemão e da facção. - riu. - É pegar ou largar.

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