𝑆𝐸𝐺𝑈𝑁𝐷𝑂

29 8 0
                                    

____⭐⭐⭐

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

____
⭐⭐⭐

— Muito engraçado, fantasminha, mas eu preciso ir embora!!

— E o que te impede de ir? — questionou com toda a sua irritação quase palpável.

Analisei o rosto severo, estranhando totalmente toda aquela situação. O que ele era? Estava mesmo conversando com um bruxo ou fantasma? Será que alguém havia me drogado?

— Eu não consigo chegar até os portões! — expliquei impaciente. — Você está me prendendo aqui dentro e isso não é nada divertido!!

— Claro que não é divertido! — respondeu, parecendo um pouco ofendido. — Se a senhorita não for embora com as próprias pernas, tratarei de jogá-la por cima dos muros!!

— Pois então me jogue por cima dos muros!! Quem sabe assim eu não consigo me ver livre desse lugar esquisito e fedorento?

Ele deu um passo para fora, alcançou um dos meus pulsos e saiu me puxando enquanto nos levava em direção aos portões. Um deles ainda estava aberto, foi aquele que não consegui fechar, porém não adiantou de nada. Fomos os dois ao chão, aquele idiota sequer deu ouvidos ao meu grito de: "cuidado".

— Mas que porcaria é essa? — resmungou para si.

— Como assim? Você não sabe resolver isso?

Ele ergueu o corpo depressa, deferiu alguns socos no ar e em todos eles soltou alguns palavrões, depois virou-se para mim, que permaneci no chão e com os olhos esbugalhados e até capazes de saltarem para fora.

— O que foi que você fez? — Com um olhar tempestuoso, aquele ser bizarro passou a me encarar.

— Eu? — questionei, ofendida e estressada, enquanto me colocava de pé também. — Você é o fantasma esquisito daqui! Tudo o que acontece de esquisito é culpa sua e não minha!!

— Eu não sou nenhum fantasma, está maluca!!

— Maluca é exatamente como me sinto agora. — Surpreendi-me com a voz embargada. — Meu pai vai me procurar e não vai achar, vai ficar preocupado e pensar que fui sequestrada!!

Ele observou-me, enquanto respirava de maneira desregulada e muito depressa.

— Eu sou sua prisioneira... — concluí horrorizada. — Oh! Vou ficar nesse lugar tenebroso pra sempre?

Agarrei-o pelos ombros e o sacodi feito uma desequilibrada. Ele não era um fantasma, fantasmas não são fortes e quentes, não podem ser tocados. E fantasmas não seguram braços e nem nos afastam da forma que ele estava fazendo.

O que estava pensando?

— Você não é minha prisioneira, eu nunca trancaria uma mulher num lugar desses. Esse pesadelo é meu, não faz sentido que alguém tenha que vivê-lo junto a mim!!

 A Mansão Da Rua Sete (DISPONÍVEL NA AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora