Uma mensagem misteriosa chegou.
Ao abrir os olhos, Jungkook foi parar num mundo em que a coisa mais próxima de humanos são pessoas com caudas e orelhas de animais!
Tudo é lindo, as criaturas são gentis, não há disputa nem sequer mal explícito nessa...
Para um coelho feito ele, era pacífico. Havia predadores, mas havia regras para controlá-los. E existia ainda conforto e comida o suficiente para que Jungkook se sentisse propenso a pensar em ficar, mas tudo era novo demais. Ele não nasceu ali.
"Como que um humano foi parar ali?", Você questiona? Bem, essa pergunta era a que o próprio Kook vinha se fazendo há cinco dias. Suspeitava, claro, que tivesse algo com relação ao email, porque seria uma coincidência estranha demais para não serem associadas, mas isso só explica 2%. Por que tinha sido enviado? Como, quem, até quando ficaria... Ele tocou a cabeça ao doer e sentiu as orelhas pretas pontudas.
Ah, aquilo era emprestado.
Depois de vagar após aparecer nesse mundo, Kook foi cercado por cervos, esquilos e coelhos. Alguns tinham uma forma completamente animal, mas outros eram crianças com orelhas esquisitas e chifres. Nenhum era humano, mas mesmo assim, Jungkook foi aceito ali e acolhido. Para disfarçar seu cheiro foi dado a ele um par de orelhas de coelho, e desde então a usa constantemente, não ousando pensar muito a quem elas pertenciam antes. Era assustador a ideia de que talvez tinha sido arrancada de um deles.
Um coelho branco que batia até a cintura de Kook de altura entrou em seu quarto para servir o café da manhã achando que ele estaria dormindo.
- Ah! Bom dia, jovem.
- Bom dia, Jungwoo-ssi. - Jeon disse timidamente. O coelho mexeu seu nariz como se farejando.
- Precisa de um banho. - ele abanou as patas no ar - Vai cheirar a humano se suar muito. Mesmo com as orelhas.
As bochechas do humano coraram um pouco. Desde que passou a morar sozinho, tinha adquirido o péssimo hábito de tomar banho duas vezes na semana por causa do frio e para ajudar na conta de água, que pagava só. E, após parar ali, por acreditar nos primeiros dois dias que era um sonho, não se tocou de higiene.
- Onde posso me lavar? -disse, se aproximando para comer a refeição que lhe foi trazida.
- Temos uma banheira nos fundos - o grande coelho se virou para sair, mas voltou ao se lembrar de algo - Ah, por mais que se sinta tentado, não recomendo tomar banho por aí por fora.
- Por quê? - o moreno quis saber de que maneira ele iria se sentir tentado, sendo que nunca faria isso no mundo real. Ficar pelado ao ar livre.
- Porque você nunca está sozinho. Na floresta sempre tem olhos o vigiando.
Isso surpreendeu tanto que ele não perguntou mais nada, apenas prosseguiu mastigando em silêncio e, agora, em privacidade no seu pequeno quarto.
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Kook olhou ao redor: seus lençóis eram de um material como pelo, aquecia bastante. As paredes, piso, estantes, cadeirinha, tudo era feito de madeira. Havia algumas plantas perto da janela, e em uma delas viu o que parecia ser um bebê nascendo de uma gota parada sobre a folha. Ele tinha asas.
