Uma mensagem misteriosa chegou.
Ao abrir os olhos, Jungkook foi parar num mundo em que a coisa mais próxima de humanos são pessoas com caudas e orelhas de animais!
Tudo é lindo, as criaturas são gentis, não há disputa nem sequer mal explícito nessa...
— Mas vocês já se encontraram antes? - o humano perguntou por genuína curiosidade.
Jin franziu as sobrancelhas, desviou o olhar e cruzou os braços, indicando uma resposta bem evidente: infelizmente sim.
— Estudamos juntos.
Kook fez um "ahh.... " baixo, entendo uma coisa ou duas.
— Mãe bonita, você é do Norte? - fazia sentido, ele era diferente das Criaturas daqui também. "Será que as pessoas altas vinham todas desse lugar?"
Kook evitou por pouco roubar um olhar para NamJoon.
— Meu pai é. Nos mudamos para lá quando eu era criança, mas nasci aqui. Enfim, não é uma história boa.
— O você, Hyung? Já teve a chance de vê-lo de perto e conhecer? - Jeon perguntou com esperança de ter uma segunda opinião.
— Haha! Coelho, esse homem grande aqui trabalha para o príncipe. - Jin apontou, sem saber se ria ou se chorava — Todos os dias.
— Sério?! - Kook viu oportunidade ali! Alguém em contato direto! Ele não pode evitar a admirar ainda mais o Hyung.
— Uhm.
— Então, Hyung... Como é a pessoa que ele está envolvido? Romanticamente, digo.
Pela primeira vez, a ideia de que JK pudesse estar fazendo essa pergunta por estar interessado passou pela cabeça de Jin, mas era tão absurda que ele nem teve vontade de rir.
— Eu não posso dizer pra você. - Joon disse de maneira que só quem conhecesse ele por muito tempo entenderia que foi carinhosa.
Kook se sentiu mais perdido ainda. Ele teve tanta coragem para perguntar....
— Hyung, posso perguntar por quê?
— Porque é meu trabalho.
— Mas você pode dizer pra mim, certo? - Jin disse.
— Sim.
Kook fez bico.
— Mas por quê?
— Porque ele é meu marido. - Joon esclareceu o óbvio fato, simples assim. A preferência era escancarada, sem lugar para objeções.
"Isso.... É bem mesquinho" Jeon pensou, derrotado e com um pouco de inveja. Só um pouco.
— Mas se quiser saber outras coisas, posso lhe ajudar.
— Diga tudo o que puder, então, por favor. - Jung levantou o rosto animado, esquecendo a ferida assim que para de doer. "Hyung é o melhor! O mais confiável!"
NamJoon pensou e pensou, mas quanto mais ele o fazia mais sentia que era em vão: primeiro) ele não sabia conversar muito bem, era uma criatura de pouquíssimas palavras; segundo) ele na verdade não sabia se podia falar nada.
JK tentou insistir um pouco, sem resultados bons, e com o máximo de respeito possível evitou fazer perguntas para Jin Hyung por não querer escutar coisas negativas da pessoa que se sentiu interessado sem poder dizer nada de volta. Depois dele terminar seu chá quente se despediu dos dois.
No Reino das Criaturas ele, naquele momento, era o mais cabisbaixo. O pobre humano introvertido fez o possível e impossível para ir atrás de informações, mas acabou com mais dúvidas e inseguranças do que estava antes.
Dessa vez, quando voltou para casa deitou na cama e desabou de cansado mental.
Foi só quando a porta fechou ao sons de saída de Kook que Jin virou para aquele homem que há anos conhecia e percebeu a ficha caindo.
— É ele?
Joon permaneceu com a mesma cara neutra de sempre, ilegível para todos a não ser seus amigos mais antigos.
— Uhm.
— Então naquele dia que você apareceu no Jardim e entregou o negócio pra Jung, você realmente estava a trabalho?
— Uhm. É claro, por que ainda duvida disso?
— Não, só me veio a mente agora, nada demais. - Jin disse distraidamente.
— Não pode contar para ele. - Joon disse em tom calmo. Levantou, passou as mãos pelo quadril de Jin e deixou um beijo casto na base de seu pescoço. Tô suave quando o toque de uma libélula.
Isso sempre o acalmava.
— Não tô gostando nada dessa ideia. Nem um pouco. - ele disse, suspirando.
"Aquele tigre idiota não merece meu filho doce". Ele pensou, ressentido até o fundo de seu coração e decidido a afastar quaisquer ideia sem juízo da cabeça do coelho que envolvesse Taehyung daqui pra frente.
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