𝐖𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑 ━━ 𝖻𝖺𝗄𝗎𝗀𝗈𝗎 𝗄𝖺𝗍𝗌𝗎𝗄𝗂

( 𝟎𝟎𝟏 )┊𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐎𝐍𝐄

⤾·˚ ༘ ◡̈ winter 🍰₊˚.༄ ೃ -

━━ ❝ Todo dia, nós começávamos brigando. Toda noite, nós nos apaixonávamos. ❞

━━ ❝ Você poderia ter quem você quiser
Por que você iria querer estar comigo? ❞

. ˚◞♡ ⃗ 🎐*ೃ༄

O inverno chegou, a neve encheu as calçadas e criou um grande frio em Musutafu. [Nome] caminhava pelas ruas movimentadas por carros e pessoas agasalhadas, seus suspiros causavam fumaça pelo frio e seus ossos se contraiam as vezes pelo grande frio, seus sapatos faziam rastros na neve e seus lábios eram — quase — cobertos pelo cachecol [cor] que usava. Ela entrou na cafeteria próxima, causando um barulho suave do sino em cima da porta dupla de vidro do local.

— Bom dia, Senhorita [Sobrenome].— a balconista falou sorridente, era comum ver a garota de olhos [cor] ali nos dias frios.

— Bom dia, Sra. Kimura.— [Nome] falou, dando um leve sorriso e se aproximando de uma mesa.

Ela se sentou sozinha e logo foi atendida pela garçonete mais próxima.

— Bom dia, o que deseja?— a garçonete perguntou.

— Um chocolate quente/café expresso.— a [cor do cabelo] pediu, a mulher a sua frente anotou seu pedido e se afastou.

[Nome] tem sua atenção mirada na neve que caia com suavidade, os flocos de neve se formando no ar e se desmanchando no chão era algo bonito e relaxante de se ver. A garota sempre teve suas ideias claras sobre o mundo e sua natureza, algumas ideias assustavam ou alegravam a pessoa com sua sabedoria, coisa que ela tem graças ao seus livros que ela tanto lê.

— Aqui está.— a moça de antes colocou o pedido em sua mesa.

— Obrigada.— [Nome] agradeceu.

A garçonete sorriu gentil e se afastou, indo atender outros clientes.

[Nome] começou a tomar o seu chocolate quente/café expresso, até que o barulho suave do sino da cafeteria chama a sua atenção a fazendo dar de encontro com um garoto loiro e de olhos vermelhos como sangue, ele aparentava ter a sua idade. Ela se arrepiou só de encara-lo e seu rosto se ruborizou, o que não seria um problema já que ela poderia usar o frio como uma desculpa pelo rubor repentino no rosto.

O loiro parecia bravo mas também triste, o ser humano é algo muito complexo para se entender apenas observando, teria que conhecê-lo, entender ele e talvez conseguisse compreender o que se passa em sua mente, entender o misto de sentimentos que ele sente em apenas uma expressão fácil.

Raiva.

Tristeza.

Ficou tão perdida em seus pensamentos que nem notou que já havia terminado seu chocolate quente/café expresso, ela se levantou caminhando até o balcão e deixando o dinheiro junto com a Sra. Kimura. Ela por algum motivo não conseguiu tirar o imagem do garoto adentrando no café, parecia que tinha sido em câmera lenta em sua cabeça e ela acompanhou cada movimento seu de forma discreta, mas seus pensamentos foram interrompidos por uma voz grossa e rouca, fazendo [Nome] voltar para a sua realidade e se arrepiar novamente só de ouvir aquela voz. Sua cabeça se virou com calma para o lado vendo a figura loira que adentrou a cafeteria logo depois dela.

— Oh... sinto muito.— ela acabou esbarrando no rapaz que teve seu café derramado no chão.

— Tks. Tanto faz essa merda.— ele reclamou irritado.

— Sra. Kimura, por favor, deixe ele pegar outro café.— o qual ele já tinha pagado e ia levar para casa.— Aqui está o dinheiro, eu pago.

Tirei dinheiro da minha bolsa e coloquei no balcão.

"Não querendo me gabar, mas... dinheiro é que não falta."— pensou rindo fraco e em pensamento.

— Oh, que gentileza da sua parte.— a mulher de 25 anos falou sorrindo.

Sorri de volta por educação e olhei para o garoto loiro emburrado.

— Novamente, me desculpa.— sorri envergonhada, minhas bochechas se ruborizaram e ouvi uma risada maliciosa vindo da Sra. Kimura.

— Tá tá, tanto faz extra.— ele falou indiferente, colocou as mãos no bolso do seu moletom e pegou o outro café que uma moça trouxe.

Apenas passei por ele e voltei ao meu caminho para sair da cafeteria.

꒰ 𝐁𝐚𝐤𝐮𝐠𝐨𝐮 𝐊𝐚𝐭𝐬𝐮𝐤𝐢 ꒱

Pude sentir o cheio de morango/cereja quando ela passou por mim e seus cabelos [cor] balançaram com a movimentação e o leve vento que foi causado pela porta sendo aberta por outro cliente. Meu coração se aqueceu de repente e eu me senti irritado mesmo que essa sensação tenha sido boa. Aquele sorriso é aquele cheiro me fez esquecer os problemas que passo em casa, a raiva que me dá aí saber que posso ter trocado facilmente e a angústia que tenho todas as noites.

— Se apaixonou? Tá parado aí a meia hora.— minha tia, Mary Kimura falou sorridente e eu grunhiu com irritação.

— Cala a boca...— sussurrei com o rosto ruborizado — contra a minha vontade —

— Pode lutar o quanto quiser, seu coração não resiste a ela.— a velha falou maliciosa e animada.

— A gente acabou de se conhecer!! Nem trocamos uma palavra direito!— falei irritado, cansando daquele assunto.

— Amor a primeira vista é real, meu querido sobrinho.— ela falou, colocando o queixo apoiado na palma de sua mão.

— Tks. Como se eu acreditasse nessas coisas.— resmunguei saindo da cafeteria e ouvindo a minha tia rir animada.