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📌 | Boa leitura!

🗒CHRISTOPHER Uckermann pov's

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🗒CHRISTOPHER Uckermann pov's

Eu tinha acabado de sair do consultório do meu terapeuta quando Dulce me enviou uma mensagem avisando que estava na emergência. Seu ex paciente, Jason, tentou cometer suicídio jogando-se de uma pedreira e Dulce mergulhou no rio para salvá-lo. Fui às pressas até o hospital, preocupado em como ela estaria diante dessa situação. Eu sabia o quanto ela era forte e centrada, mas ainda assim o meu peito se apertou.

Entrei no hospital feito um louco, meus passos apressados, minha visão quase turva devido à toda a adrenalina e eu tinha certeza que seria difícil conseguir falar com todo o nervosismo me consumindo.

Com muita dificuldade, eu consegui me concentrar e falar o nome de Dulce sem engasgar. A recepcionista me indicou o número do quarto onde ela estava. Um médico a analisou, garantindo que ela estivesse bem e sem nenhum sinal de hipotermia ou algo do tipo, já que a manhã estava bem fria.

Saí quase correndo pelos corredores até encontrar o quarto. Abri a porta sem cerimônia e a encontrei sentada na cama, toda encolhida e molhada enquanto estava com um cobertor grosso sobre ela. Dulce parecia desolada e somente ergueu um pouco a cabeça quando notou a minha presença, mas voltou a olhar para o chão logo depois.

— Ei, amor... — fui até ela, sentei na cama e a puxei para um abraço, apoiando meu queixo no topo de sua cabeça. — Eu morri de preocupação. — beijei seus cabelos molhados por longos segundos.

— Ele não se afogou. — ela disse quase num sussurro. — Mas ficou tempo demais na água gelada e teve hipotermia. Ele não morreu, mas está inconsciente.

— Vamos torcer pra que ele se recupere e saia dessa. E você, Dulce, o que fez foi muito perigoso.

— Eu não pensei direito. Eu não queria que ele morresse.

— Eu entendo. Tudo bem, você está bem. — a abracei mais forte. — O que o médico falou sobre você?

— Ele já me deu alta. Eu só preciso me manter aquecida, não aconteceu nada comigo.

Eu assenti.
Nós ficamos em silêncio em seguida, ela toda encolhida e eu a abraçando de maneira firme, tentando passar um pouco do calor do meu corpo para ela. Dulce pareceu mais relaxada, com a cabeça encostada em meu peito e os olhos levemente fechados. Alguns minutos depois de eu tê-la em meus braços, ela parou de tremer.

— Que tal irmos pra casa agora? — sugeri.

— Antes temos que garantir que ele não vai ficar sozinho.

— Eu faço isso. Você fica aqui e eu já volto. Vou tentar descobrir se alguém da família dele já veio.

Dulce assentiu e eu me afastei dela, pegando o cobertor e o ajeitando em volta de seu corpo.

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