Para Sempre Ellie

Capítulo 04

A cada passo que eu dava o meu coração acelerava gradativamente, os meninos estavam falando comigo mas a minha cabeça só estava na ruiva e naquele filho da puta Matt. Eu vou matar aquele desgraçado.

Eu finalmente chego ao pátio e vejo a turminha do Matt rodeando a ruiva, eles estavam em frente a uma grande exposição de troféus que a nossa escola já ganhou.

— Oh qual é!! Vamos lá, me diz o seu nome gracinha. — Ouço a voz repugnante de Matt se dirigindo a ruiva. Ela fica calada apenas de cabeça baixa.

Eu me aproximo deles e o ar do pátio fica pesado, todos perceberam a minh presença e a cabeça de Matt e do grupinho se viram lentamente, Matt olha para mim com um sorriso de canto, sarcástico

— Ora, ora, ora, quem nós temos aqui!! Os heróis da Alfred High School. — Ele diz em um tom alto, esse cara é tão idiota.

A ruiva levanta a sua cabeça e olha para mim, e mais uma vez eu sinto aquela sensação estranha, porra, é impossível não ficar encantado com a beleza dela. Por um minuto eu esqueci de tudo que estava acontecendo, parecia que só estávamos eu e ela naquele pátio, eu estava mergulhando em sua beleza e no seu jeito tímido, eu só preciso ter cuidado para não me afogar, isso pode custar caro.

Saio de meus devaneios com a risada de Matt
— Vejo que não sou apenas eu a estar encantado com a beleza dessa boneca. — Ele diz olhando e pegando no cabelo da ruiva, aquele ato fez meu sangue ferver e eu me aproximo deles.

— Deixa a garota em paz Matt, você não vai querer levar uma outra surra, ou vai? Eu acho que você se esqueceu do que aconteceu na última vez. — Diz Hunter caminhando atrás de mim.

Eu não digo uma única palavra, pela a primeira vez eu estava sem palavras e eu não sei o maldito por quê, eu só queria sair dali com a ruiva. Quando eu chego até eles eu pego em seu pulso e eu saio dali com ela deixando vários olhares curiosos e sussuros. Ela não disse uma única palavra também, apenas me seguiu em silêncio, eu estava a levando para a biblioteca, chegando lá eu a sento em uma cadeira

— Você está bem? — Pergunto me sentando em sua frente

— Eu estou sim, muito obrigada por ter me ajudado. — Ela diz com a cabeça baixa, eu então me aproximo e toco em seu queixo erguendo seu olhar ao meu. E mais uma vez eu mergulhei naquela beleza indecifrável.

— Qual o seu nome? — Digo olhando profundamente em seus olhos.

— Ellie, meu nome é Ellie. — Ela diz com um olhar sério, porém doce.

Ellie.... Esse nome combina com ela, não poderia imaginar um nome mais perfeito para uma garota perfeita. Mas que porra eu estou pensando!? Não, eu não posso deixar me encantar por apenas mais um rostinho bonito, eu estou atraído e eu preciso levá-la pra cama, ela não deve ser tão inocente quanto diz.

— Muito obrigada por ter me ajudado, eu sou muito grata a você, mas agora eu preciso ir. — Sou interrompido de meus pensamentos pela sua linda voz.

— Pra onde você vai?

— Eu tenho matemática avançada agora. — ela diz envergonhada.... Que bobinha.

— Eu te acompanho até a sala de aula. — Digo me levantando.

— Você não precisa, eu posso encontrar o caminho. — Ela diz também levantando— mais uma vez, muito obrigada.

Eu sorrio pra ela e caminho até as portas da biblioteca e paro esperando Ellie, ela olha para mim e vê que não tem escolha a não ser que ela permita que eu a acompanhe.

Nós caminhamos em um silêncio confortável, eu gostava da companhia dela, ela tinha algo que deixava todo o meu mau humor ir embora, ela tinha algo que me fazia me sentir vivo. Eu não sei o porquê, eu só vi essa garota 3 vezes.... Eu vou descobrir o que ela tem que me deixa assim.... Não importa o que aconteça.

Chegamos até a porta da sala de matemática avançada e nos encaramos, não dissemos uma única palavra.
Antes dela se virar, ela deu um sorriso para mim e se foi..... Ela entrou naquela sala de aula e eu fiquei ali no corredor encarando a porta como um bobo. É Mason, você precisa é de um beck agora mesmo!!
Viro meus calcanhares e caminho em direção ao jardim que tem atrás da escola, é conhecido como o jardim dos fumantes e nem todos podem entrar lá, apenas os "autorizados", ou seja, eu, os meus amigos e outra galera.
Chegando lá me deparo com Théo, ele é o que consegue as nossas ervas e outros tipos de drogas.

— Eae cara, quanto tempo. — eu digo o cumprimentando.

— Quanto tempo irmão!! Faz maior tempo que você não aparece!

— Eu estava sem tempo, mas eae, tem o que pra mim hoje? — Digo tirando a carteira do meu bolso.

E assim foi a minha tarde... Eu fumei tentando me distrair mas aquela maldita ruiva simplesmente não saía da minha mente nem em um mísero segundo sequer.