Apaixonado por uma alfa

Medos e desejos

Sakura continuou olhando para ele, esperando uma resposta.

-Tá maluca? - Perguntou incrédulo. - Olha meu estado.

Ela abaixou o olhar. É, realmente não devia ser fácil. Ele estava ofegante e a rosada conseguia sentir o calor dele à distância. Sakura tentava evitar mas não tinha como não ver, a ereção de Sasuke estava super evidente na bermuda.

-Eu sou alfa também, sei como é o cio - Respondeu. - Eu não vou falar nada sobre seus comportamentos estranhos, se quiser eu posso até te ajudar.

Os olhos do Uchiha brilharam e ele se aproximou até colocar as mãos no ombro da alfa.

-Me ajudar? - A voz saiu como um suspiro sôfrego. - Me ajudaria mesmo?

Ela sorriu.

-Claro que sim, somos amigos.

Sasuke sorriu ainda mais.

-Posso buscar gelo e sorvete, por exemplo.

Foi como um balde de água fria caindo no Uchiha.

-Ah.

Sakura olhou em volta. O quarto era muito parecido com o dormitório dele, os dois eram como um quarto de hotel. Ela jamais diria que neles dormia um homem de 23 anos.

Todo organizado, nenhum livro fora do lugar, nem ao menos as roupas de cama estavam amassadas.

-Eu posso dormir ali - Sakura apontou para um tapete felpudo. - Trouxe um travesseiro.

-Por que está aqui? - Não quis ser grosseiro, mas não conseguia pensar em outro motivo para Sakura dormir com ele que não fosse sexo.

-Bom... seu pai falou que a filha do casal morreu com tiros no quarto de hóspedes - Ela tremeu.

Ele não conseguiu evitar a risada.

-É mentira, coisa rosa - Debochou. - Todos foram mortos do lado de fora da casa.

-Não ajuda em muita coisa, tenho medo dessas coisas.

Sasuke sentou na ponta da cama e observou Sakura sentar na outra ponta. Aquela camisola mostrava todas as curvas que ela possuía, era tão transparente que ele podia ver o umbigo dela.

-Não precisa ter medo, morei aqui a vida inteira e nunca vi nenhum fantasma - Tentou falar em tom divertido, mas a dor que sentia o impossibilitava disso.

-Nem imagino como deve ter sido crescer nessa casa - Apenas uma noite já havia aterrorizado bastante.

Sasuke tentou explicar, mas dos seus lábios saiu apenas um grunhido de dor.

-Sakura, pega meu notebook e escolhe um filme - Se levantou da cama. -Eu vou ao banheiro e já volto.

Sakura pensou que estaria acostumada com isso por passar pelas mesmas coisas durante seu cio, mas não conseguiu evitar de corar com aquilo. Sabia o que ele faria no banheiro.

(...)

Já estavam no segundo filme daquela noite, cerca de uma hora da manhã. Sasuke passava metade do tempo dentro do banheiro e a outra metade gemendo de dor.

Ele estava numa posição estratégica, sentado com as costas apoiadas na cabeceira da cama enquanto Sakura estava deitada de barriga para baixo, apoiando a cabeça nas mãos e balançando as panturrilhas para lá e para cá. O computador estava na frente dela.

Sasuke não conseguia tirar os olhos dela, da bunda dela que estava virada na sua direção. Era tão estranho, pensou que não conseguiria sentir atração por ela durante o cio por não ser uma ômega, mas foi totalmente o contrário.