Não é Minha Filha - (Capítulo 2)

222 16 5
                                    

"Não há nada neste mundo mais aterrorizante do que a ira de um pai zangado. Eu vi mulheres levantando CARROS para salvar um filho preso. Eu vi um pai lutar com lobos para resgatar sua filha. E você diz que me conhece? Você afirma que compreende o funcionamento interno da minha mente; uma psique destruída por séculos de vida e morte? Não, não, não. Você não faz, Miranda. De forma alguma.

MAS VOCÊ IRÁ."

~ O futuro.

Não é Minha Filha

Eveline era uma boa menina.

Claro que ela era! Papai disse isso. Papai nunca mentiu.

Naruto foi o melhor pai de todos os tempos. Qualquer um que dissesse o contrário era um mentiroso asqueroso.

Ele sempre, sempre, sempre fez coisas boas para ela. Coisas que um pai deve fazer por sua filha. Ela nem precisou perguntar! Ele apenas... os fez por ela! Ele a levou ao parque, deu-lhe lindos vestidos, colocou-a na cama à noite, leu suas histórias para dormir e comemorou seu aniversário todos os anos. Para uma garota concebida como uma arma biológica e destinada a ser nada mais, pequenos atos como esses significavam o mundo para ela.

E se ser boa fazia ele feliz... bem, então, que era o que ela faria. Ele era seu mundo.

Da mesma forma, Eveline estava determinada a ser a melhor filha que ela poderia ser pelo bem dele. Qualquer um que dissesse o contrário... bem. Eles nunca disseram isso duas vezes, não é? Oh, ela não os matou, é claro. Papai disse que era um grande não-não. Ela só deveria usar seus poderes em pessoas más. Então ela arrancou suas línguas ao invés. Nada demais. Eles não podiam jorrar suas mentiras imundas assim agora, não é? Ainda...

Ele pediu a ela que esperasse aqui no castelo enquanto papai falava com alguém, e como toda boa filha ela ouviu.

Isso foi há muito tempo! Tudo bem, cinco minutos. Mas ainda!

"Por que ele está demorando tanto?!" Ela se deixou cair na cadeira com um suspiro forçado. "Estou entediaaaaada~!"

Outra criatura uivante -um licano!- cambaleou em seu caminho, atraída pelo barulho que ela tinha feito. Eveline fez uma careta para ele. UGH. O último havia arruinado seu novo vestido azul. Seu olhar se estreitou sobre o cadáver se contorcendo e ele ficou imóvel. Ela envolveu-o com sua vontade e empurrou, apertando o que restava de seu cérebro frágil. Uma rápida compulsão fez com que ele se dobrasse sobre si mesmo, dissolvendo-se em muito molde. Lá. Muito melhor. Já era um monstro. Ninguém se importaria com sua partida.

Ela fez uma careta quando outra besta avançou pela porta.

"Dor." Ela vociferou.

Seu poder, aprimorado por três anos de prática, tomou conta de uma vez. A fera babando se lançou para frente com um uivo quando seu crânio virou pasta. Ela zombou e zombou novamente quando mais três saltaram sobre seu cadáver frio. Eles morreram assim como seu irmão. Essas feras não eram nada para ela. Eles não eram a família que foi prometido a ela.

E por isso?

Eles podiam todos. Apenas. Morrer.

Ela os matou em massa até que, finalmente, seus corpos bloquearam a porta.

Quando o ataque finalmente cessou, Eveline soltou um suspiro pesado. Seu braço direito tremia um pouco e ela o cerrou com o punho até que os tremores parassem. Estava tudo bem agora. Ninguém a odiava. Ela não estava mais sozinha. Ela nunca estaria sozinha.

Não é Minha Dama - (Not My Lady)Onde histórias criam vida. Descubra agora