Brincando de Colorir 🏳️‍🌈

Aviso escolar

Chegando na escola, todos ficaram encarando o João, não era para menos, ele estava com alguns ematomas no corpo e com o pescoço cheio de chupões. Primeiro ou ele tinha sido agredido, ou... Bom vocês sabem. E eles também já que ao ver que o mesmo ficou com o rosto vermelho ao ver os olhares sob ele que se escondeu atrás de Pedro, que por conta de sua altura o cobria quase por inteiro.

Era de manhã eles foram obrigados a levantar cedo pois a escola tinha marcado uma reunião de última hora, ambos estavam exaustos da noite intensa que tiveram, mas não queriam perder, mais por curiosidade do que por outra coisa.

-Eai seus gays, como foi a noite de ontem hmmm??? Se divertiram com os brinquedinhos?-Nay pergunta fazendo uma carinha safada ao ver o pescoço do outro todo marcado.

João tosse desviando o olhar com o rosto vermelho igual um pimentão.

-Relaxa amigos, nós também já praticamos BDMS. Porque vocês acham que eu sabia de tudo isso, e ainda por cima onde comprar os assessórios.-Nay tenta consolar o amigo que estava constrangido.

-NÃO FODE NAY. EXPOSED ESSA HORA DA MANHÃ???- Valentina a repreende e ela ri.

-É eu realmente não precisa saber disso...- Pedro responde a revelação da amiga.

-Ai gente credo, nóis tenta consolar os outros e ainda leva esporro. É isso aí, nunca sou valorizada mesmo.- Ela faz um drama colocando as mãos no rosto fingindo um choro.

-Respondendo sua pergunta... Foi ótimo, nunca pensei que iria gostar de apanhar.- João fala coçando a nuca meio sem jeito.

-Vocês tem um fogo no cu em.- Carlos aparece colocando seus braços sob os ombros de Pedro, mas afasta rapidamente ao receber um olhar mortal de João.-Cruzes... o Pedro segura seu pincher se não ele vai me morder.

-Ha ha palhaço.- João fala cruzando os braços e revirando os olhos.

-Mas mudando de assunto... Vocês sabem por que eles nos chamaram essa hora?Porra eu tava tendo um sonho erótico tão bom, e fui interrompido pelo maldito despertador.- Carlos diz e se assusta ao perceber que Henrique tinha chegado e deu-lhe um belo tapa na bunda fazendo ele dar um pequeno pulo.

-Sonhou comigo foi?- Henrique fala.

-A-T-A. Deus me defenderai.-Carlos retruca.

-Relaxa amorzinho não precisa ficar bravo.- Henrique tenta por as mãos em sua cintura mas leva um empurrão em resposta.-. Eu não vou contar para ninguém o que aconteceu ontem.- Ele sussurra para apenas Carlos ouvir.

-CALA A BOCA HENRIQUE.-Ele empurra novamente o outro, estavam próximos demais.

-Quer que a gente dê privacidade aos pombinhos?- Nay fala tirando os dois do transe que ficaram por segundos.

-POMBINHOS MEU PAU BEM GROSSO NAY.- Carlos fala.

-Só acredito vendo.- Henrique responde.

-Porra viu.- Ele fala.

"Boa tarde alunos".- A diretora começa a falar e todos se viram para prestar atenção. "Obrigada pela presença de todos aqui. Vim dar um comunicado para vocês, todos que foram convidados hoje, foram sorteados para uma viagem escolar para Salvador, lá irão aprender um pouco da história da cidade, e principalmente, do Brasil e irão fazer algumas anotações do que aprenderam. É uma viagem de estudos, porém espero que se divirtam bastante."

-tá vendo? Vocês vão ter a lua de mel antes do casório, lindo né?- Valentina se pronunciou.

-Eu não vou anotar porra nenhuma.- Pedro fala.

-Diretora.- Carlos levanta a mão para chamar sua atenção.- Temos que pagar alguma coisa?

"Não a viagem é bancada pelo governo. Mas se quiserem levar para comprar algo de lembrança pode sim, e não esqueçam de levar seus lanches para comer na estrada."

-Eu vou levar farofa.- Nay fala animada batendo palminhas.

-E eu vou comer a sua farofa.- Valentina corta seu barato.

-Safada.- Nay responde dando um empurrão de leve em seu ombro.

"A viagem irá acontecer na semana que vem, se preparem. Podem ir, estão dispensados."-Ela encerra o aviso.

-Vocês vão fazer o que depois daqui?- Valentina pergunta.

-Na verdade não.- Pedro responde.

-Então vamos sair carai.- Carlos fala empolgado.- Henrique você que vai me bancar nessa viagem tá ouvindo?

-Tá me achando com cara de banco?- Henrique fala.

-Grosso.- Carlos cruza os braços.

-Minha pica também é.- Ele responde.

-Vai dar o cu.- Carlos retruca.

-Só se for com você.- Ele dá um sorriso sacana.

-Vocês não conseguem parar de viadagem um minuto né?- João fala.

-Falou o hétero né.- Henrique responde.

O grupinho sai andando da escola em direção a uma lanchonete que tinha alí próximo. Foram tagarelando a viagem inteira sobre como odiavam a Maria, e como ela era insuportável. Todos alí tinham ranço da cara da garota, odiar uma pessoa em comum naquela cidade era o início de uma bela união de amigos.

-Vocês sabiam que aquela cachorra já deu em cima da Val?- Nay fala indignada ao lembrar.- Não aceito pessoas que nem ela no nosso vale.

-Esquece isso amor.- Valentina responde.

-Esquecer??? Só depois que eu cacetar aquela piranha na porrada.- Nay diz.

-Quer ajuda?- Pedro responde.- Se quiser eu gravo a briga e posto na internet com a descrição "Piranha toma uma surra por ser uma vagabunda talarica, entenda o caso."

Todos caem na risada.

Ao chegarem na lanchonete sentam-se em uma mesa e ficam falando mal de algumas pessoas. Eles tinham o espírito fifi na veia.

Ao terminarem o lanche se despediram e seguiram seus próprios caminhos. Pedro e João tiveram que ir mais cedo por conta que tinham que arrumar algumas coisas que deixaram espalhadas no quarto enquanto Márcia não chegava em casa. Era seu dia de folga, e ela não iria perder a chance de zoalos se visse. Mas chegaram tarde, ela já estava lá esperando os dois, com o chicote de couro nas mãos.

-Bom dia mocinhos.- A mulher fala ao verem entrar pela porta.- Vocês podem me explicar o que é isso? Não não, espera, deixa eu adivinhar. Um matador de ratazanas?- Ela fala dando risada.

-Puta que pariu João, eu disse para escondemos direito, agora ela vai nos zoar pelo resto da semana.

-Para quem não gostava de apanhar da mamãe em João, interessante.- Ela dá uma gargalhada quando vê os chupões no pescoço do menor.

-Filho do céu, conta tudinho. A e por sinal, adorei sua calsinha de renda, onde você comprou?- Ela pergunta pra ele.

Eles ficam alí, dando risada meio sem graça a tarde inteira, a mãe de João não iria esquecer aquilo tão cedo.