Capítulo 4

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Nota: Então, como eu falei lá no Twitter (se você não me segue lá, é @wuxianlanw), esse capitulo é meu velho companheiro: capítulo de transição. Em um livro, ele provavelmente estaria junto em um capitulo só com o próximo capitulo, mas como eu não gosto de deixar vocês sem atualização por mais de uma semana eu vim aqui e postei mesmo assim. 

Então basicamente você sente que não aconteceu nada, mas sem esse capitulo não tem como ter o próximo. 

Outra coisita: Esse capitulo mostra uma briga que começa e termina rapidamente, sim, é uma briga rápida mesmo, é pra dar esse ar caótico de confusão mesmo. 

Acho que é só, lembrem de usar a tag #Weipaulinha. 

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Antes que sequer tivesse tempo de falar alguma coisa, nem que fosse um "oi", Madame Yu brandiu, a voz estridente fazendo Wuxian encolher os ombros.

—Finalmente você chegou! Vem consertar a bagunça que você fez!

Agora, sob os olhos daquelas várias pessoas, Wei Ying se acovardou, mais do que já estava no começo. Suas pernas tremiam, seus lábios também.

Havia uma coisa que havia aprendido durante a vida e era o fato de que uma situação como essa, onde havia um grupo de pessoas lhe olhando torto, o certo era correr, se não fosse possível, abaixar a cabeça e esperar que ao se tornar mais submisso, consiga escapar da situação inevitável —esse método raramente funcionava, mas geralmente fazia com que saísse menos machucado.

Era um método covarde, mas também um dos que havia aprendido com a vida e se tem uma coisa que Wei Ying sabia era que as coisas que havia aprendido com o passar dos anos eram coisas que devia levar para sempre, foram coisas que lhe ajudaram a sobreviver em diversas situações, por isso Wei Ying, sem nem mesmo entender qual era a situação, se aproximou de cabeça baixa.

Foi uma coisa muito estranha, uma sensação esquisita: Madame Yu basicamente o segurou pelos ombros com as unhas grandes e o plantou do lado dela e então todos pararam, esperando, algo, o que era Wei Ying não sabia, mas todos os olhos estavam em si, esperando alguma coisa, qualquer coisa.

—Vamos! Diga alguma coisa!— Madame Yu insistiu.

Wei Ying levantou os olhos, perdido, olhando em volta tentando entender do que estavam falando, mas a única coisa que percebeu é que estavam claramente putos consigo.

Sem mais opções e se sentindo meio ameaçado em uma sala com várias pessoas olhando de cara feia, Wuxian se sentiu prestes a ter um ataque de pânico, o coração batendo rápido e a respiração acelerando.

Por um segundo se viu em outro lugar, em outro tempo, onde a opressão era similar: várias pessoas que o detestavam trancafiados em uma sala consigo. As mãos de Madame Yu em seu ombro eram firmes. Em sua mente, Wuxian sentia como se fossem garras.

—Eu...— começou, tentando se manter focado. Não sabia o que Wuxian do mal havia feito, mas Wei Ying tinha um extenso histórico por situações assim, onde era a minoria, o foco, e por isso fez o que estava acostumado, o que parecia ser o certo para sair daquela encrenca— eu sinto muito...Meu comportamento foi vergonhoso, e não vai se repetir. Peço mil perdões.

A sala toda parou, por um breve segundo. Wei Ying sentiu seu coração bater esperançoso, mas então os gritos voltaram todos de uma vez só, o fazendo estremecer.

Wuxian não gostava de barulhos altos, brigas, porque geralmente significava que iria dar ruim para si. Mas perdido, ainda sem a mínima ideia do que estava acontecendo, não teve escolha a não ser ficar parado observando enquanto alguns apontavam os dedos para si gritando e Madame Yu brigava de volta ao seu lado. Até mesmo seus ''irmãos" entraram no meio em algum momento, embora Wei Ying não conseguisse focar o suficiente para compreender o que eles diziam.

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